O processo de envelhecimento vem se ampliando rapidamente no Brasil desde as últimas décadas, gerando aumento na expectativa de vida. No entanto, o quântico etário não tem se associado à qualidade da senescência. Diante de hábitos de vida inadequados e da própria genética, o desenvolvimento de Doenças Crônicas é exacerbado durante a velhice e pode desfavorecer seu aproveitamento. Nesse sentido, os aspectos nutricionais se relacionam ao surgimento de tais doenças. Dessa forma, se constitui como objetivo geral deste trabalho analisar informações de consumo alimentar e morbidade relacionada aos hábitos alimentares, de idosos nordestinos, entre os anos de 2009 e 2012. Para tanto, foram usados dados do SISAP idoso (Fundação Oswaldo Cruz) e da Pesquisa de Orçamento Familiar. Utilizando a unidade federativa (UF) como unidade de análise, realizou-se uma análise descritiva e aplicou-se o teste U de Mann-Whitney, com significância de 5%. Foi possível observar que o consumo alimentar tem melhorado com o avançar da idade, porém, ainda apresentam grande consumo de carboidratos, notou-se também consumo de proteínas acima da necessidade diária. Aliada à questão do consumo, observou-se que a região Nordeste apresenta taxas de internação de idosos para tratamento de morbidades (TITM) como AVC, Diabetes Mellitus e Hipertensão que se encontram entre as três maiores do país. Associações estatisticamente significantes foram observadas entre as TITM e indicadores sociodemográficos. Pode-se concluir que apesar de se constatar uma melhora na ingestão dietética com o passar da idade, os hábitos pregressos, do idoso, em especial da região Nordeste, interferem no seu estado de saúde atual.