Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

REFLEXÕES CONCEITUAIS SOBRE A TRILHA DE MONTANHA DA TRAVESSIA DA SERRA DOS ÓRGÃOS (RJ): UM GEOMORFOSSÍTIO OU PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO?

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

As especificidades dos geomorfossítios os diferenciam de outros tipos de geossítios, em especial quanto às dimensões estética e dinâmica e a imbricação de escalas espaciais e temporais. Enquanto a dimensão estética nas trilhas motiva fluxos de pessoas em busca de diferentes perspectivas da paisagem, a imbricação de escalas os ressalta como percursos que conectam feições geomorfológicas possíveis de serem entendidas da escala de um afloramento rochoso à amplitude de um conjunto serrano como paisagem. Soma-se a isso, em trilhas de montanha, prioritariamente, a dimensão dinâmica, condição básica para a realização da atividade, compreendendo o entendimento dos processos que esculpem aquele relevo e o planejamento necessário frente aos perigos inerentes a este ambiente. Por outro lado, estes territórios expressam muitas vezes formas de relevo dignas de proteção e transmissão às futuras gerações, a partir de uma abordagem que contempla aspectos culturais e históricos que possuam valor patrimonial determinado pelo contexto geomorfológico em que estão inseridos. Ao mesmo tempo em que distintos geomorfossítios podem compor o patrimônio geomorfológico de uma trilha, muitas vezes indicações isoladas não são adequadas, já que a complexidade necessária é obtida a partir de uma abordagem do percurso como um todo, e não fragmentado em termos temáticos ou de espacialidade. Assim, este trabalho possui como objetivo resolver a questão: a trilha de montanha da Travessia da Serra dos Órgãos (ou Petrópolis-Teresópolis) deve ser classificada como geomorfossítio ou patrimônio geomorfológico? Para isso, priorizamos o estabelecimento de diálogos no território entre pesquisadores e diferentes atores, como gestores, visitantes e montanhistas, associados a trabalhos de campo e revisão bibliográfica. O percurso da Travessia, com cerca de 30 km de extensão, está no limite entre duas regiões hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro – a Baía de Guanabara e o rio Paraíba do Sul, com montanhas que superam 2.200 metros de altitude – Morro do Açu, Morro da Luva e Pedra do Sino, e mirantes que integram perspectivas e temáticas – Cruzeiro, Portais de Hércules e Abrigo 03. Abrange diversidade de formas de relevo que testemunham distintos estágios evolutivos, onde destaca-se a representatividade científica dos altos platôs dissecados, padrão de relevo predominante, porém raros e de extensão limitada na Serra do Mar fluminense. Percorre compartimentos de relevo distintos (escarpa e domínio serrano) e as formas de relevo granítico-gnáissico justificam a toponímia Serra dos Órgãos. Os resultados destacam que, no âmbito da geoconservação, muitas vezes os estudos não colocam a diferenciação entre geomorfossítio e patrimônio geomorfológico como centralidade metodológica, evidenciando uma fragilidade conceitual que os apresenta como sinônimos. Se, por um lado, classificar a Travessia como um geomorfossítio pressupõe uma proposição conceitual e um detalhamento dela enquanto um elemento geomorfológico, por outro, considerá-la como patrimônio geomorfológico implica em indicar quais são os geomorfossítios presentes em seu percurso. Atribuir tal debate ao percurso da Travessia possibilita avanços na temática, além de demonstrar integração entre conhecimento geocientífico, a biodiversidade da Mata Atlântica e as apropriações históricas e culturais do território expressas na prática do montanhismo.

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