Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

A GEOMORFOLOGIA DA BACIA DO MATA FOME, BELÉM-PA: RECORTE ESPACIAL URBANO, IMPACTOS E CONFLITOS

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A bacia hidrográfica do Igarapé Mata Fome situa-se na porção noroeste do município de Belém-PA, abrangendo os bairros do Tapanã, Pratinha, São Clemente e Parque Verde com área aproximada de 14km2, ocupando boa parte do Distrito Administrativo do Benguí-DABEN. A produção do espaço urbano na bacia do Mata Fome fez-se a partir das décadas de 1970 e 1980 com a instalação de indústrias, principalmente pesqueiras e madeireiras, juntamente com a construção de conjuntos habitacionais ligados à Companhia de Habitação-COHAB. O objetivo da pesquisa é mostrar como a dinâmica fluvial da Bacia do Mata Fome sofreu fortes alterações em função da ocupação humana desordenada, evidenciando um notável contraste social em relação à dinâmica urbana da cidade de Belém. Os procedimentos metodológicos incluíram a revisão bibliográfica por meio de diversos artigos científicos, pesquisa documental no acervo cartográfico da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (CODEM), bem como informações históricas, documentos e artigos oriundos do Movimento de Mulheres do Tapanã-MMT. Os resultados mostraram condomínios construídos a partir da década de 1990, ocupados por famílias das classes média e alta (Da Silva, 2017). A retirada da mata de várzea para a construção de moradias, provocou o assoreamento do leito do rio, consequentemente levando à perda da água para consumo humano com o despejo de dejetos, materiais orgânicos e inorgânicos (Carmona, 2010). Esses impactos na paisagem fluvial estão diretamente ligados à quebra da dinâmica natural do ciclo hidrológico anual, combinando os elementos físicos, biológicos e antrópicos do sistema fluvial. Ressalta-se que outras obras de macrodrenagem de Belém acabaram por não priorizar a bacia do Mata Fome. Na Bacia da Estrada Nova houve o lançamento do projeto “Portal da Amazônia” no ano de 2006, apresentada como uma obra estratégica para o benefício de pessoas que não moravam nessa mesma área urbana (Leão, 2014). O processo acelerado de ocupação propiciou a mudança na dinâmica geomorfológica da bacia, onde o aterramento passou por duas fases: Primeiro o uso de aterro com lixo e caroços de açaí e a segunda usou piçarra e laterita em áreas mais baixas (Da Silva 2017). Nas áreas de maior altimetria, ocorrem condomínios de classe média alta, evidenciando como a geomorfologia acaba por favorecer esses terrenos, sem riscos de alagamentos. Em contrapartida, as denominadas áreas de baixadas acabam por servir como locais de moradia para as populações de baixa renda, carentes de aparelhos urbanos, evidenciando forte exclusão social, cada vez mais comum nas cidades da Amazônia. Portanto, os resultados mostram certas unidades do relevo transformando-se em espaços excludentes para as pessoas de baixa renda, oriundas de outras cidades ribeirinhas do Pará. As populações ribeirinhas vivem de acordo com a dinâmica das marés diárias entre furos e igarapés amazônicos, fazendo valer seu modo de vida e mesmo, lutando por ele, levando a refletir sobre a comunidade como uma construção social que envolve os rios, as florestas em sua ancestralidade (TELES et al., 2023).

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