Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um fator de risco para doenças cardiovasculares (DC) e, no Brasil, essa patologia atinge mais de 30 milhões de brasileiros. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento do perfil epidemiológico dos pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) adscritos em um Centro de Saúde de Ceilândia-Distrito Federal, identificando os riscos para doenças cardiovasculares desta população. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e quantitativo, realizado com 76 hipertensos. Identificou-se o índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura quadril (RCQ), tempo de tratamento da hipertensão, medicamentos utilizados e adesão ao tratamento da HAS. Antecedendo a pesquisa, o projeto de pesquisa foi submetido á apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da FEPCS e foi iniciado após emissão do parecer favorável de número 737.795, com CAE 33365314.3.0000.5553. Resultados: A maioria dos indivíduos hipertensos tinha mais de 60 anos (52,61%, n=40), prevalecendo o sexo feminino (73,68%, n=56). A incidência de tabagistas foi relativamente baixa (2,63%, n=2). 69,73% (n= 53) dos pacientes relataram ter uma dieta adequada para um indivíduo hipertenso, entretanto apenas 47,36% (n=36) praticam atividades físicas. Observou-se uma maior freqüência de pacientes com sobrepeso 34,21% (n=26) e obesidade grau I 32,89% (n=25). Ao avaliar a CC, observou-se um risco muito aumentado (73,6%) para DCV. Sobre a RCQ, houve uma prevalência maior para um risco muito alto (57,89%) para DCV. Conclusão: Há um alto risco de doenças cardiovasculares nos pacientes hipertensos, mesmo estes sendo acompanhados na unidade de saúde. Visto que esta população apresenta, além da hipertensão, vários fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como: sobrepeso e circunferência de cintura e RCQ elevados, além do fato da maior parte da população ser sedentária.