PROCESSOS E FORMAS DA URBANIZAÇÃO DA GUANAMBI-BAHIA: VULNERABILIDADES E RISCOS AMBIENTAIS PELA OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREAS DE LAGOAS .
"2025-11-28" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 124649 "edicao_id" => 436 "trabalho_id" => 1366 "inscrito_id" => 3153 "titulo" => "PROCESSOS E FORMAS DA URBANIZAÇÃO DA GUANAMBI-BAHIA: VULNERABILIDADES E RISCOS AMBIENTAIS PELA OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREAS DE LAGOAS ." "resumo" => "A cidade de Guanambi está localizada no limite entre as áreas de Cerrado e as áreas de Caatinga do Semiárido baiano (Pereira, 2021), as terras que circundam o seu território englobam as feições do (Maciço do Espinhaço), com superfícies dos Gerais, um divisor de Biomas entre o Cerrado, a Caatinga Mata Atlântica; toda a drenagem urbana é comandada pelo Rio Carnaíba de Dentro um afluente do Rio São Francisco na Bahia. A cidade de Guanambi passou por um processo de expansão urbana nas décadas de 1970 e 1990 expansão que segue a lógica da urbanização Brasileira marcada pelo crescimento acelerado nos anos de 1970. Nesse período o município saltou de 31.174 habitantes (1970) para 65.592 habitantes (1991). Ou seja, a população mais que dobrou em 20anos. Segundo Pereira (2013), nesse período Guanambi teve esse crescimento marcado pelo auge da produção de algodão no Vale do Iuiú, tal contexto fez com que a cidade se transformasse num destaque regional, derivado do comércio e dos serviços prestados e que foram potencializados por esse fenômeno. Nos anos de 1990, com a crise da cotonicultura e crises no cenário nacional houve uma estagnação do processo de expansão urbana com o fechamento de agências bancárias, fechamento de empresas e uma consequente saída da população. Em 2022 a população total de Guanambi é 87.817 com 79,36% da população residindo em área urbana. Neste contexto constata-se que a cidade desempenha um papel fundamental no processo econômico e consequentemente no desenvolvimento do capitalismo, mas, inversamente como afirma Lojkine (1997) a urbanização é moldada, modelada, de acordo com as necessidades da acumulação capitalista. Também neste contexto Rocha (2020), afirma que a tendência à concentração espacial e centralização das funções urbanas que até então se materializava na maioria das cidades Brasileira até o final dos anos 1990, após esse período, tais cidades passa ter uma ruptura nessa lógica com um novo processo de fragmentação territorial, ou seja, houve um rompimento da identidade entre processo e forma, no que se refere à tendência de concentração, na medida em que as novas formas espaciais produzidas no espaço urbano aparecem de forma descontinua e dispersa, contudo, entre muralhas cada fez mais segmentada, é o caso dos condomínios horizontais fechados, que ocupam extensas faixas territoriais no espaço urbano, mas ao mesmo tempo, promovem uma segregação residencial pela incorporação de espaços fechados dentro de uma mesma espacialidade urbana. Para Sposito (2005), “essa é uma das contradições que resultam do movimento em curso e se apresenta aos pesquisadores como desafio para compreender o mundo urbano contemporâneo”. Considera-se nessa perspectiva, a cidade como espaço urbano que pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas, permeados de funções. O fato é que a espacialidade urbana na maioria das cidades apresenta-se diversa e descontinua. De um lado, a crescente onda dos condomínios horizontais fechados, que se espalha por todas as cidades com mais de cem mil habitantes, aumenta a descontinuidade do tecido urbano, de outro a alta concentração e verticalização em alguns pontos da cidade, decorrente de dinâmicas de diferentes tipos que se articulam entre si, aumentando a tendência de aglomeração urbana pela verticalização e concentração territorial das funções, (Rocha, 2020) No caso de Guanambi-BA, essa condição urbana se confirma com um agravante que é a ocupação urbana em áreas de preservação permanente,seja por aterro de planícies de inundação, denominas na cidade como lagoas ou pelo corte e aterro de terrenos susceptíveis a processos erosivos e alagamento. Assim, esta pesquisa propõe investigar como o processo de expansão urbana altera o ambiente e apropria-se da natureza por meio de grandes empreendimentos tais como: espaços residenciais fechados, lojas de hiperatacados, universidades particulares, conjuntos residenciais, clubes recreativos em área de lagoas, sobretudo as lagoas que margeiam a Avenida do Trabalho e o anel rodoviário da BR-030 no espaço urbano de Guanambi. Essa avenida foi concebida com investimentos maciços do Estado que, segundo Barbosa (2018) fez com aumentasse a acessibilidade e os fluxos do município. METODOLOGIA Para alcançar tais objetivos, foi feito um levantamento da área de estudo por meio de imagens de satélite de diferentes períodos para compreender o processo de apropriação da natureza e do espaço bem como as alterações ambientais decorrentes desse processo de apropriação. Também foram realizadas observações diretas na área de estudo, com o registro de imagens através do uso de smartphones e de drone. A fim de fazer uma comparação histórica, utilizou-se imagens geradas pelo Google Earth, as quais evidenciam as alterações ambientais na área analisada. Bem como, realizou-se levantamento de dados em sites de notícias e reportagens que tratam sobre as condições ambientais do espaço urbano, com foco nos problemas socioambientais relacionados aos corpos d’água localizados na área de estudo; seguido de uma revisão bibliográfica, baseando-se em produções que abordam a questão urbana, a questão ambiental, a questão da relação sociedade e natureza, associando-se com as teorias da geografia que analisam a forma, a função, a estrutura e o espaço urbano, bem como as demais categorias de analise da geografia relacionadas com a temática apresentada aqui nesta pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com base nos levantamentos realizados até aqui constata-se que a cidade de Guanambi, expandiu-se ocupando áreas de preservação ambientais em larga escala com destaque para as margens dos rios e riachos que cortam a cidade dentre eles o Rio Carnaíba de dentro e seu entorno, o Riacho Belém e seu entorno, nascentes e mananciais que convergem para o Carnaíba de dentro dentre elas destacamos a ocupação da Lagoa de João Amaral margem direita da BR 030 (Avenida do Trabalho), Lagoa do Clube ocupada pelo Clube do Campo no centro da Cidade de Guanambi, Lagoa do Recreio ocupada pelo clube do Recreio, dentre outras. Constata-se também que a Avenida do Trabalho Trecho urbano da BR 030 representa o principal vetor da urbanização de Guanambi e consequentemente os impactos ambientais já que em toda a extensão da Avenida existem dezenas de lagoas (planícies de Inundação e ou nascentes) que estão sendo aterradas e ou privatizadas por meio da implantação de condomínios fechados que cercam e muram tais lagoas para uso especifico dos condomínios. Alem dos usos já citados, foi constatado que nos últimos dois anos, iniciaram ou concluíram as obras de cinco novos espaços residenciais fechados nas margens da Rodovia, além a implantação do Assai Atacadista, Mineirão atacadista, Centro Universitário UniFG,sede de Igreja da Congregação Cristã do Brasil que inclusive aterrou parte da Lagoa de João Gomes. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ocupação urbana em áreas de preservação permanente existente no espaço urbano de Guanambi, sobretudo áreas que margeiam a Avenida do Trabalho (BR 030), evidencia um série de problemas ambientais tais como: o assoreamento de canais de drenagem, retilinização e ou desvio dos canais de drenagem que conformam os rios e riachos do espaço urbano, o aterro de lagoas com amplo espelho d'água e outros corpos d'água; liberação de alvará para implementação de espaços residenciais fechados em áreas de elevada fragilidade ambiental e construções inadequadas ou em desacordo com a legislação ambiental vigente no país. Essa condição de expansão urbana evidencia também os riscos e danos ambientais que a cidade passa a ter, sobretudo com o advento das mudanças climáticas, tais ocupações predispõe uma grande parcela da população urbana de Guanambi aos efeitos extremos do clima uma vez que boa parte da população residente no entorno das áreas de lagoa são consideras de baixa renda com elevada vulnerabilidade social e consequentemente elevada vulnerabilidade socioespacial. Assim, no contexto epistemológico é possível afirmar que a apropriação do espaço e da natureza bem como os diversos usos pelas forças produtivas, produz natureza gerando riscos e vulnerabilidades para uma parcela da população especialmente aquelas populações que residem em cidades fornecedoras de espaços produtivos voltados para o capital e para o desenvolvimento. (Rocha, 2024.) Palavras-chave: Urbanização; Produção do espaço urbano, Apropriação da Natureza, Bioma Cerrado; Vulnerabilidade socioespacial. REFERÊNCIAS BARBOSA, Isadora Alves. Dinâmica da agricultura familiar para o abastecimento urbano: um estudo de caso em uma cidade de porte médio. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, Belo Horizonte, 2018. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/RAOA-BATK5X>. Acesso em: 27 maio 2023. LOJKINE, J. O Estado Capitalista e a questão urbana. Trad. Estela dos Santos Abreu, São Paulo: Martins Fontes, 1997. PEREIRA, S. R. N. Guanambi: centralidade, rede urbana e dinâmica regional no centro-sul baiano. 2013. 186 f. Dissertação (Mestrado em Geografia)–Instituto Geociências, UFBA, Salvador. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20146/1/Sofia_Reboucas_Neta_Pereira_Dissertacao.pdf>. Acesso em: 27 maio 2023. PEREIRA, S. R. N. Políticas energéticas e desenvolvimento sócio-espacial: as transformações geradas pela energia eólica no semiárido baiano. Tese. Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia - UFBA. Salvador, 2021. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32820>. Acesso em: 10 jun. 2023. ROCHA, A. A. Processos e formas socioespaciais na produção do espaço urbano. Ponta Grossa, Atena, 2020. ROCHA, A. A. A Geografia física no contexto das mudanças ambientais globais: novos desafios e perspectivas. Geopauta, [S.l.], v. 8, , dez. 2024. ISSN 2594-5033. Disponível em: <http://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/>. Acesso em: 30 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.22481/rg.v8.e2024.e15567.pt SPOSITO, M. E. B. O chão em pedaços: Urbanização, Economia e Cidades no Estado de São Paulo. 2005. Tese (Livre Docência) - Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente." "modalidade" => "Comunicação Oral" "area_tematica" => "GT 23: A URBANIZAÇÃO NOS CERRADOS – PROCESSOS, FORMAS E VULNERABILIDADES DO URBANO ATUAL" "palavra_chave" => ", , , , " "idioma" => "Português" "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV223_ID3153_TB1366_03112025062112.pdf" "created_at" => "2025-11-28 14:08:46" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "ALTEMAR AMARAL ROCHA" "autor_nome_curto" => "ALTEMAR" "autor_email" => "altemarrocha@gmail.com" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-do-xvi-encontro-nacional-de-pos-graduacao-e-pesquisa-em-geografia" "edicao_nome" => "Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia" "edicao_evento" => "XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia" "edicao_ano" => 2025 "edicao_pasta" => "anais/enanpege/2025" "edicao_logo" => null "edicao_capa" => "692988483d31e_28112025083224.png" "data_publicacao" => "2025-11-28" "edicao_publicada_em" => "2025-11-27 15:13:16" "publicacao_id" => 79 "publicacao_nome" => "Revista ENANPEGE" "publicacao_codigo" => "2175-8875" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 124649 "edicao_id" => 436 "trabalho_id" => 1366 "inscrito_id" => 3153 "titulo" => "PROCESSOS E FORMAS DA URBANIZAÇÃO DA GUANAMBI-BAHIA: VULNERABILIDADES E RISCOS AMBIENTAIS PELA OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREAS DE LAGOAS ." "resumo" => "A cidade de Guanambi está localizada no limite entre as áreas de Cerrado e as áreas de Caatinga do Semiárido baiano (Pereira, 2021), as terras que circundam o seu território englobam as feições do (Maciço do Espinhaço), com superfícies dos Gerais, um divisor de Biomas entre o Cerrado, a Caatinga Mata Atlântica; toda a drenagem urbana é comandada pelo Rio Carnaíba de Dentro um afluente do Rio São Francisco na Bahia. A cidade de Guanambi passou por um processo de expansão urbana nas décadas de 1970 e 1990 expansão que segue a lógica da urbanização Brasileira marcada pelo crescimento acelerado nos anos de 1970. Nesse período o município saltou de 31.174 habitantes (1970) para 65.592 habitantes (1991). Ou seja, a população mais que dobrou em 20anos. Segundo Pereira (2013), nesse período Guanambi teve esse crescimento marcado pelo auge da produção de algodão no Vale do Iuiú, tal contexto fez com que a cidade se transformasse num destaque regional, derivado do comércio e dos serviços prestados e que foram potencializados por esse fenômeno. Nos anos de 1990, com a crise da cotonicultura e crises no cenário nacional houve uma estagnação do processo de expansão urbana com o fechamento de agências bancárias, fechamento de empresas e uma consequente saída da população. Em 2022 a população total de Guanambi é 87.817 com 79,36% da população residindo em área urbana. Neste contexto constata-se que a cidade desempenha um papel fundamental no processo econômico e consequentemente no desenvolvimento do capitalismo, mas, inversamente como afirma Lojkine (1997) a urbanização é moldada, modelada, de acordo com as necessidades da acumulação capitalista. Também neste contexto Rocha (2020), afirma que a tendência à concentração espacial e centralização das funções urbanas que até então se materializava na maioria das cidades Brasileira até o final dos anos 1990, após esse período, tais cidades passa ter uma ruptura nessa lógica com um novo processo de fragmentação territorial, ou seja, houve um rompimento da identidade entre processo e forma, no que se refere à tendência de concentração, na medida em que as novas formas espaciais produzidas no espaço urbano aparecem de forma descontinua e dispersa, contudo, entre muralhas cada fez mais segmentada, é o caso dos condomínios horizontais fechados, que ocupam extensas faixas territoriais no espaço urbano, mas ao mesmo tempo, promovem uma segregação residencial pela incorporação de espaços fechados dentro de uma mesma espacialidade urbana. Para Sposito (2005), “essa é uma das contradições que resultam do movimento em curso e se apresenta aos pesquisadores como desafio para compreender o mundo urbano contemporâneo”. Considera-se nessa perspectiva, a cidade como espaço urbano que pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas, permeados de funções. O fato é que a espacialidade urbana na maioria das cidades apresenta-se diversa e descontinua. De um lado, a crescente onda dos condomínios horizontais fechados, que se espalha por todas as cidades com mais de cem mil habitantes, aumenta a descontinuidade do tecido urbano, de outro a alta concentração e verticalização em alguns pontos da cidade, decorrente de dinâmicas de diferentes tipos que se articulam entre si, aumentando a tendência de aglomeração urbana pela verticalização e concentração territorial das funções, (Rocha, 2020) No caso de Guanambi-BA, essa condição urbana se confirma com um agravante que é a ocupação urbana em áreas de preservação permanente,seja por aterro de planícies de inundação, denominas na cidade como lagoas ou pelo corte e aterro de terrenos susceptíveis a processos erosivos e alagamento. Assim, esta pesquisa propõe investigar como o processo de expansão urbana altera o ambiente e apropria-se da natureza por meio de grandes empreendimentos tais como: espaços residenciais fechados, lojas de hiperatacados, universidades particulares, conjuntos residenciais, clubes recreativos em área de lagoas, sobretudo as lagoas que margeiam a Avenida do Trabalho e o anel rodoviário da BR-030 no espaço urbano de Guanambi. Essa avenida foi concebida com investimentos maciços do Estado que, segundo Barbosa (2018) fez com aumentasse a acessibilidade e os fluxos do município. METODOLOGIA Para alcançar tais objetivos, foi feito um levantamento da área de estudo por meio de imagens de satélite de diferentes períodos para compreender o processo de apropriação da natureza e do espaço bem como as alterações ambientais decorrentes desse processo de apropriação. Também foram realizadas observações diretas na área de estudo, com o registro de imagens através do uso de smartphones e de drone. A fim de fazer uma comparação histórica, utilizou-se imagens geradas pelo Google Earth, as quais evidenciam as alterações ambientais na área analisada. Bem como, realizou-se levantamento de dados em sites de notícias e reportagens que tratam sobre as condições ambientais do espaço urbano, com foco nos problemas socioambientais relacionados aos corpos d’água localizados na área de estudo; seguido de uma revisão bibliográfica, baseando-se em produções que abordam a questão urbana, a questão ambiental, a questão da relação sociedade e natureza, associando-se com as teorias da geografia que analisam a forma, a função, a estrutura e o espaço urbano, bem como as demais categorias de analise da geografia relacionadas com a temática apresentada aqui nesta pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com base nos levantamentos realizados até aqui constata-se que a cidade de Guanambi, expandiu-se ocupando áreas de preservação ambientais em larga escala com destaque para as margens dos rios e riachos que cortam a cidade dentre eles o Rio Carnaíba de dentro e seu entorno, o Riacho Belém e seu entorno, nascentes e mananciais que convergem para o Carnaíba de dentro dentre elas destacamos a ocupação da Lagoa de João Amaral margem direita da BR 030 (Avenida do Trabalho), Lagoa do Clube ocupada pelo Clube do Campo no centro da Cidade de Guanambi, Lagoa do Recreio ocupada pelo clube do Recreio, dentre outras. Constata-se também que a Avenida do Trabalho Trecho urbano da BR 030 representa o principal vetor da urbanização de Guanambi e consequentemente os impactos ambientais já que em toda a extensão da Avenida existem dezenas de lagoas (planícies de Inundação e ou nascentes) que estão sendo aterradas e ou privatizadas por meio da implantação de condomínios fechados que cercam e muram tais lagoas para uso especifico dos condomínios. Alem dos usos já citados, foi constatado que nos últimos dois anos, iniciaram ou concluíram as obras de cinco novos espaços residenciais fechados nas margens da Rodovia, além a implantação do Assai Atacadista, Mineirão atacadista, Centro Universitário UniFG,sede de Igreja da Congregação Cristã do Brasil que inclusive aterrou parte da Lagoa de João Gomes. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ocupação urbana em áreas de preservação permanente existente no espaço urbano de Guanambi, sobretudo áreas que margeiam a Avenida do Trabalho (BR 030), evidencia um série de problemas ambientais tais como: o assoreamento de canais de drenagem, retilinização e ou desvio dos canais de drenagem que conformam os rios e riachos do espaço urbano, o aterro de lagoas com amplo espelho d'água e outros corpos d'água; liberação de alvará para implementação de espaços residenciais fechados em áreas de elevada fragilidade ambiental e construções inadequadas ou em desacordo com a legislação ambiental vigente no país. Essa condição de expansão urbana evidencia também os riscos e danos ambientais que a cidade passa a ter, sobretudo com o advento das mudanças climáticas, tais ocupações predispõe uma grande parcela da população urbana de Guanambi aos efeitos extremos do clima uma vez que boa parte da população residente no entorno das áreas de lagoa são consideras de baixa renda com elevada vulnerabilidade social e consequentemente elevada vulnerabilidade socioespacial. Assim, no contexto epistemológico é possível afirmar que a apropriação do espaço e da natureza bem como os diversos usos pelas forças produtivas, produz natureza gerando riscos e vulnerabilidades para uma parcela da população especialmente aquelas populações que residem em cidades fornecedoras de espaços produtivos voltados para o capital e para o desenvolvimento. (Rocha, 2024.) Palavras-chave: Urbanização; Produção do espaço urbano, Apropriação da Natureza, Bioma Cerrado; Vulnerabilidade socioespacial. REFERÊNCIAS BARBOSA, Isadora Alves. Dinâmica da agricultura familiar para o abastecimento urbano: um estudo de caso em uma cidade de porte médio. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, Belo Horizonte, 2018. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/RAOA-BATK5X>. Acesso em: 27 maio 2023. LOJKINE, J. O Estado Capitalista e a questão urbana. Trad. Estela dos Santos Abreu, São Paulo: Martins Fontes, 1997. PEREIRA, S. R. N. Guanambi: centralidade, rede urbana e dinâmica regional no centro-sul baiano. 2013. 186 f. Dissertação (Mestrado em Geografia)–Instituto Geociências, UFBA, Salvador. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20146/1/Sofia_Reboucas_Neta_Pereira_Dissertacao.pdf>. Acesso em: 27 maio 2023. PEREIRA, S. R. N. Políticas energéticas e desenvolvimento sócio-espacial: as transformações geradas pela energia eólica no semiárido baiano. Tese. Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia - UFBA. Salvador, 2021. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32820>. Acesso em: 10 jun. 2023. ROCHA, A. A. Processos e formas socioespaciais na produção do espaço urbano. Ponta Grossa, Atena, 2020. ROCHA, A. A. A Geografia física no contexto das mudanças ambientais globais: novos desafios e perspectivas. Geopauta, [S.l.], v. 8, , dez. 2024. ISSN 2594-5033. Disponível em: <http://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/>. Acesso em: 30 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.22481/rg.v8.e2024.e15567.pt SPOSITO, M. E. B. O chão em pedaços: Urbanização, Economia e Cidades no Estado de São Paulo. 2005. Tese (Livre Docência) - Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente." "modalidade" => "Comunicação Oral" "area_tematica" => "GT 23: A URBANIZAÇÃO NOS CERRADOS – PROCESSOS, FORMAS E VULNERABILIDADES DO URBANO ATUAL" "palavra_chave" => ", , , , " "idioma" => "Português" "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV223_ID3153_TB1366_03112025062112.pdf" "created_at" => "2025-11-28 14:08:46" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "ALTEMAR AMARAL ROCHA" "autor_nome_curto" => "ALTEMAR" "autor_email" => "altemarrocha@gmail.com" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-do-xvi-encontro-nacional-de-pos-graduacao-e-pesquisa-em-geografia" "edicao_nome" => "Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia" "edicao_evento" => "XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia" "edicao_ano" => 2025 "edicao_pasta" => "anais/enanpege/2025" "edicao_logo" => null "edicao_capa" => "692988483d31e_28112025083224.png" "data_publicacao" => "2025-11-28" "edicao_publicada_em" => "2025-11-27 15:13:16" "publicacao_id" => 79 "publicacao_nome" => "Revista ENANPEGE" "publicacao_codigo" => "2175-8875" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }