Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O GÊNERO LÍTERO MUSICAL TOADA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA: UMA METODOLOGIA ATIVA PARA O ENSINO DA BIODIVERSIDADE AMAZÔNICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

Este trabalho propõe a utilização da toada como recurso de metodologia ativa para o ensino da biodiversidade, articulando conhecimento científico e manifestações culturais amazônicas. A experiência foi desenvolvida em uma escola da rede estadual de ensino na cidade de Boa Vista, Roraima, com 72 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II, distribuídos em três turmas, utilizando como eixo temático a toada “Acalanta, um hino à Amazônia”, do Boi-Bumbá Caprichoso. A toada, traz em sua letra elementos representativos da fauna e flora amazônica, como o açaí, tucumã, tambaqui, gato-maracajá, samaumeira, tangará, uirapuru e garça. A proposta metodológica envolveu inicialmente o ensino da toada aos estudantes, seguido da identificação, por parte deles, de organismos citados na música e ainda desconhecidos. Posteriormente, os discentes realizaram uma pesquisa individual, levantando dados científicos sobre as espécies selecionadas, incluindo taxonomia, habitat, nicho ecológico e curiosidades sobre as espécies. As informações obtidas foram compartilhadas em rodas de conversa entre as turmas, incentivando a construção coletiva do conhecimento. Após um intervalo de aproximadamente um mês, aplicou-se um questionário com questões objetivas relacionadas aos conteúdos estudados, com a finalidade de avaliar a retenção do aprendizado. Os resultados indicaram que 89% dos estudantes acertaram integralmente as respostas, enquanto 11% obtiveram desempenho inferior a 60%. Quando questionados sobre a contribuição da música para o processo de memorização, 96% afirmaram que a toada facilitou a lembrança das espécies abordadas, enquanto 4% não souberam ou não quiseram opinar. A análise dos dados revela que o uso da toada como metodologia ativa, favoreceu a aprendizagem dos alunos, promovendo uma aprendizagem significativa, contextualizada e voltada à realidade amazônica. Conclui-se que a integração entre arte e ciência, por meio de metodologias ativas baseadas na cultura local, constitui uma estratégia eficaz para o ensino da biodiversidade, estimulando o protagonismo dos alunos e a valorização do patrimônio natural e cultural da Amazônia.

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