A EDUCAÇÃO INCLUSIVA A PARTIR DA PERCEPÇÃO DE LICENCIANDOS: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA
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Essas deficiências geram desgastes no âmbito emocional e profissional do docente e impactam diretamente no comportamento e desempenho dos alunos. Assim, a interação aluno-professor constitui um dos fatores mais importante para inclusão. Dessa forma, a pesquisa objetiva analisar as diferenças nas percepções dos estudantes segundo o curso de graduação, com o intuito de identificar quais cursos demonstram posturas favoráveis e desfavoráveis à inclusão escolar. Para avaliar as percepções dos futuros professores, utilizou-se um instrumento adaptado a partir da escala CEFI-R aplicado a uma amostra de 455 licenciandos de diferentes cursos em uma instituição de ensino superior. Realizou-se a análise estatística no programa R, e este gerou escores para cada subescala. Os resultados indicam que os cursos de Geografia e Matemática apresentaram os maiores índices de concordância em duas subescalas: a primeira relacionada às particularidades dos alunos com necessidades educacionais especiais; e a segunda à compreensão da importância da relação entre aluno-família-escola no contexto educacional. No curso de Física, observou-se uma postura mais favorável à flexibilização das práticas pedagógicas para atender as necessidades do aluno público-alvo da educação inclusiva. Por outro lado, os alunos dos cursos de Ciências Biológicas e Letras apresentaram pouco entendimento acerca da atuação do profissional de apoio no contexto escolar. Entre os cursos analisados, de modo geral, Pedagogia foi o que demonstrou menores índices de receptividade em relação às práticas inclusivas. A pesquisa evidenciou variações na postura inclusiva entre os cursos, apontando para a urgência de estratégias que promovam a equidade na formação docente." 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