HORIZONTES PLURAIS: OS DESAFIOS DE TENSIONAR NARRATIVAS COM EDUCAÇÃO DECOLONIAL NAS CIÊNCIAS HUMANAS
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Parte-se da compreensão de que a escola, enquanto espaço de reprodução de saberes, historicamente invisibilizou epistemologias indígenas, afro-brasileiras e populares, afunilando o horizonte formativo de estudantes a determinadas narrativas de modernidade. Propõe-se, portanto, um diálogo entre conteúdos clássicos e abordagens decoloniais, permitindo que estudantes compreendam a diversidade cultural e social do Brasil e do mundo, ao mesmo tempo em que desenvolvem pensamento crítico e senso de justiça social. A pesquisa, de caráter qualitativo e bibliográfico, ancora-se em autores como Aníbal Quijano, Walter Mignolo, Catherine Walsh e Boaventura de Sousa Santos, cujas reflexões evidenciam a colonialidade do saber e apontam alternativas para a construção de epistemologias insurgentes. Como resultado, defende-se que uma educação decolonial não deve ser entendida como adição superficial de conteúdos, mas como deslocamento profundo do eixo epistemológico da escola, no qual estudantes se tornam sujeitos produtores de conhecimento em diálogo com suas próprias raízes históricas e culturais. Conclui-se que tal perspectiva amplia o alcance formativo da Sociologia, oferecendo um horizonte de resistência e reconstrução democrática do espaço escolar, entendido como território de dignidade, pertencimento e emancipação." 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