Este artigo discute a respeito das Histórias de Vida de pessoas que construíram seus saberes e fazeres profissionais ancorados na experiência, no sentir e no agir do dia a dia. O saber da experiência é um saber exclusivo dos indivíduos que tem sua trajetória fundamentada na prática. A pertinência científica e social deste trabalho está ancorada no sentido de percebermos que a educação atual caminha valorando os conhecimentos oriundos das ciências, pouco se dando crédito as construções dos saberes que brotam da labuta, do pensar vivido cotidianamente das pessoas comuns. Em uma entrevista semiestruturada e nas narrativas dos sujeitos pesquisados alicerçamos nosso estudo. Os autores que compõem este trabalho tais como: Josso (2010), Passegi (2008), Bosi (1994), (Freire 1997) discutem aspectos qualitativos para compreensão e reflexão da pesquisa, bem como da pertinência das (auto) biografias como recurso para a formação. Percebemos nas histórias de vidas dos sujeitos que constroem seus saberes e fazeres galgando-se na experiência, nas raízes culturais, que suas ações e práticas são recheadas de sentidos. Vender, conquistar o cliente, fazer contas, divulgar mercadorias, trocar instrumentos são algumas atividades e comportamentos que reforçam a identidade desses sujeitos. Afirmamos que a experiência é fator decisivo no sucesso de qualquer profissão. A alteridade encontrada em ambos os atores do estudo é um ponto impar no equilíbrio de suas práticas e ações. Participativos na vida, integrados no trabalho, os sujeitos da pesquisa, validam o saber experiencial como teia que conduz suas vidas, e os torna sujeitos de destino.