Educação Permanente em Saúde (EPS) é sua porosidade à realidade mutável e mutante das ações e dos serviços de saúde; é sua ligação política com a formação de perfis profissionais e de serviços, a introdução de mecanismos, espaços e temas que geram auto-análise, autogestão, implicação, mudança institucional, enfim, pensamento (disruptura com instituídos, fórmulas ou modelos) e experimentação (em contexto, em afetividade – sendo afetado pela realidade/afecção). A EPS pode corresponder à Educação em Serviço, à Educação Continuada, à Educação Formal de Profissionais ou ainda se configurar em desdobramento da Educação Popular, da Educação de Jovens ou desdobramento do Movimento Institucionalista em Educação. O Curso de Educação Permanente em Saúde –EPS em Movimento não deixa de ser uma atualização das práticas segundo aportes teóricos, afetivos, metodológicos, intuitivos e tecnológicos. Porém, essa aprendizagem não é solitária e individualista visto que o conhecimento e o saber são produzidos no encontro com o outro. O objetivo desse trabalho é mostrar os deslocamentos de uma trabalhadora do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a sua vivência como especializanda do Curso de Educação Permanente em Saúde – EPS em Movimento. A experiência é uma aprendizagem e aprender a experienciar são processos que não se fazem somente com a cabeça, mas com o corpo, com vibrações que nos afetam e afetam a outros. Assim, o cotidiano do trabalho em saúde é produzido por muitas vivências que vão compondo experiências e elas deixam marcas em nós.