A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica de longo curso assintomático e representa um sério problema de saúde pública. Este trabalho objetiva traçar o perfil farmacoterapêutico e identificar potenciais interações entre os medicamentos prescritos a hipertensos de uma unidade integrada de saúde da família do município de João Pessoa-PB. Realizou-se um estudo de campo, descritivo, com delineamento transversal e abordagem quantitativa do tipo survey, entre os meses de março e abril de 2013, com uma amostra de 201 usuários com hipertensão. Para análise das interações medicamentosas, foram utilizados: DrugDex® Evalutions do Micromedex®, o Drugs.com e o Mesdcape. Dos hipertensos entrevistados, 73% eram do sexo feminino e 52% possuíam faixa etária entre 54-71 anos. Quanto ao tratamento farmacológico, foi prescrito um total de 610 medicamentos, com média de 3,02 ±1,7 medicamentos. Os anti-hipertensivos mais empregados foram a hidroclorotiazida (27%), captopril (22%) e losartana (15%). Dos questionários avaliados, 40% apresentaram pelo menos uma IM, com uma média de 3,3 interações por hipertenso, sendo 53% farmacodinâmicas, 35% farmacocinéticas e 12% desconhecidas. Das potenciais interações identificadas, 11% foram classificadas como sérias; 60% moderadas e 29% menor. Foram observadas interações entre medicamentos e o etanol, destacando-se a de maior ocorrência com a metformina (27%), AAS (19%) e glibenclamida (19%). Destaca-se a necessidade de orientação dos hipertensos quanto à terapia medicamentosa, apontando os benefícios, riscos, possíveis reações adversas e interações medicamentosas e o Farmacêutico apresenta-se como peça fundamental nesse processo.