Ao longo dos anos a síndrome da imunodeficiência adquirida – aids vem alterando seu perfil epidemiológico no Brasil e no mundo. Por muitos anos essa doença foi atrelada ao sexo masculino, usuários de drogas injetáveis – UDI e profissionais do sexo. No entanto, esse perfil vem cedendo espaço para uma doença feminilizada, disseminando-se entre os jovens e mais pobres, sem, contudo deixar de ser associada à pessoa do sexo masculino. Por esse motivo, esta pesquisa pretendeu analisar a percepção de vulnerabilidade masculina ao HIV/Aids, à luz da sistemática do discurso do sujeito coletivo – DSC proposto por Fiorin (1998). Para tanto, desenvolveu-se um estudo qualitativo com homens de idade entre 18 e 25 anos matriculados em escolas públicas municipais de Floriano-PI, no Programa de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Esse público demonstrou pouco ou nenhum conhecimento a respeito do vírus da imunodeficiência humana – HIV ou da aids; reconhecem a universalidade da vulnerabilidade das pessoas ao vírus e a maioria dos sujeitos demonstra saber que o não uso dos métodos preventivos durante as relações sexuais, a promiscuidade e o desconhecimento da condição sorológica do outro estão atrelados a maior ou menor chance de se contrair o HIV.