Artigo Anais I CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

EFEITO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA SOBRE O DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE UMA ESPÉCIE COM POTENCIAL FORRAGEIRO DA CAATINGA

Palavra-chaves: TOLERÂNCIA À SECA, FEIJÃO-BRAVO, FORRAGEIRA Pôster (PO) GT 02 - Riquezas naturais no semiárido: degradação e uso sustentável
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Publicado em 09 de novembro de 2016

Resumo

Adaptações e mecanismos de tolerância à seca são fatores fundamentais para a sobrevivência das espécies vegetais de clima árido ou semiárido. As espécies que vivem nessas regiões foram capazes de se adaptar às condições locais, que permitiram às plantas se desenvolverem em ambientes adversos para manutenção da sobrevivência e reprodução durante os períodos de baixa disponibilidade hídrica, como por exemplo, as adaptações fisiológicas. Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl. (Capparaceae) conhecida como feijão-bravo é uma espécie nativa do Brasil e se desenvolve no semiárido nordestino e em outras áreas. É uma espécie muito importante no período seco, com alto potencial forrageiro podendo desempenhar um importante papel na estratégia de melhoramento do manejo das forrageiras nativas, a fim de contribuir para uma maior sustentabilidade da atividade pecuária. Dessa forma, o principal objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho de Cynophalla flexuosa, do ponto de vista fisiológico, diante da escassez hídrica que está cada vez mais longa e comum no ambiente semiárido, devido às mudanças climáticas, a fim de estimar sua eficiência em tais ambientes, de forma que possa ser considerada na produção de alimento animal nos períodos de estiagens mais prolongadas. O trabalho foi realizado em três períodos (julho de 2014, dezembro de 2014 e fevereiro de 2015), ao longo de um dia em uma área de Caatinga. Foi calculado o balanço hídrico do solo e mensurado o potencial hídrico foliar e trocas gasosas. Foi observado que C. flexuosa reduz seu potencial hídrico foliar nos horários mais quentes, sendo uma espécie anisohídrica, capaz de manter sua condutância estomática mesmo diante de um balanço hídrico negativo do solo em todos os períodos de avaliação. O desempenho fotossintético não mostrou alterações negativas ao longo do dia, além do esperado para o ciclo circadiano da planta. Diante disso, C. flexuosa possui eficientes mecanismos de adaptação à seca, podendo suportar ambientes ainda mais limitantes, como o previsto para as próximas décadas devido às mudanças climáticas. Ainda, confirma o alto potencial dessa espécie para a sua utilização como espécie forrageira no semiárido brasileiro.

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