Atualmente há uma grande procura pelos fármacos de origem vegetal, motivo pelo qual estão se intensificando pesquisas diversas sobre as plantas usadas na medicina popular. Pacientes oncológicos ao defrontar-se com a doença optam muitas vezes por tratamentos complementares a fim de minimizar os sintomas ou como uma forma de auxiliar o tratamento do câncer. Contudo, um vasto número de interações medicamentosas pode ocorrer em caso de uso de produtos de origem vegetal concomitantemente com outros medicamentos, o que pode levar a sérios danos ao usuário com o comprometimento da recuperação da saúde. O presente trabalho tratou-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. A pesquisa teve por objetivo avaliar o perfil de utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos por usuárias que fazem tratamento antineoplásico oral em um hospital oncológico do município de João Pessoa- Paraíba. Foram entrevistadas 35 idosas por meio de questionários semiestruturados, sendo avaliadas as características sócio-demográficas, bem como a influência de plantas e medicamentos fitoterápicos no processo de autocuidado e a forma como estavam sendo utilizadas. Após a análise e discussão dos dados evidenciou-se que 40 % da população entrevistada faz uso de plantas medicinais e apenas 8,57% faz uso de medicamentos fitoterápicos. Ainda, há pessoas que acreditam que as plantas medicinais são incapazes de provocar malefícios acreditando que o uso das plantas medicinais somente faz bem à saúde. A recorrência a essa prática é feita geralmente no intuito de complementar o tratamento ou como uma forma de tratar transtornos menores e a maioria não busca informações com profissionais de saúde e nem informam ao médico oncologista que fazem uso de plantas medicinais, no entanto costumam relatar ao médico quando fazem uso de medicamentos fitoterápicos. Com base nisso, é imprescindível aumentar o apoio à pesquisa científica, envolvendo as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos usados simultaneamente aos medicamentos antineoplásicos, para incrementar os conhecimentos relacionados à sua eficácia e segurança, e, assim, poder utilizar essa terapia de forma correta, segura e racional.