presente pesquisa teve como objetivo analisar as concepções sobre a prática referente à atividade sexual dos idosos e sua percepção frente às mudanças ocasionadas pelo processo de envelhecimento. A população de estudo constituiu-se de sessenta idosos de ambos os sexos, todos com 60 anos ou mais. Os instrumentos utilizados foram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e um questionário elaborado pelas pesquisadoras contendo dados acerca da sexualidade do idoso. Para a elaboração do questionário foi realizado um levantamento dos questionários existentes na literatura a respeito do tema. Dados desta pesquisa mostram que 51,7% dos idosos são ativos sexualmente, contrariando muitos dos valores sustentados pela sociedade atual. Os dados também mostram que, para 95% deles, houve alterações como indisposição, falta de interesse, problemas de saúde, privacidade e disponibilidade de companheiro(a).O envelhecimento traz importantes modificações quanto a aspectos físicos e emocionais, porém, os aspectos emocionais não sofrem deterioração, fazendo com que a sexualidade possa ser vivida até o fim da vida. A escassez de informação sobre sexualidade é grande; dessa forma, os idosos não têm preparação o suficiente para lidarem com o assunto e, consequentemente, se sentem excluídos, podendo até mesmo se sentir vítimas de preconceito quando abordados pelo tema. Espera-se uma busca de conhecimentos para melhor entendimento das ânsias dos idosos e alterações biopsicossociais ocorridas no período do envelhecimento para a articulação de estratégias, que amenizem os problemas inerentes nessa fase da vida e, principalmente, para a constatação de que a sexualidade é um processo de construção e, como tal precisa ser exercida, vivenciada e apreendida. A complexidade do assunto aponta que os temas identificados neste trabalho não se esgotaram neste momento, mas provocaram uma sensação de continuidade, uma vez que o conhecimento é construído em espaço de horizontes largos.