O envelhecer não deve ser compreendido como um acidente de percurso, pois ele é fruto de todo um programa de crescimento, desenvolvimento e maturação das funções biológicas do ser humano, sendo inerente ao processo vital. Para além dos estereótipos e pré-julgamentos, o fenômeno também chamado de senescência pode ser compreendido como ele próprio se mostra para aqueles que o vivenciam. O objetivo deste trabalho foi identificar definições do processo de envelhecimento humano, considerando o que tem sido abordado em relação às atuais políticas públicas voltadas à pessoa idosa e ao cuidado a ela oferecido. Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura, segundo as recomendações de Minayo, sendo os dados obtidos através de seleção e posterior análise de conteúdo de artigos disponibilizados pelo Sistema BIREME, compreendendo as bases de dados LILACS, BDENF (Biblioteca de Dados de Enfermagem) e SCIELO/Brasil. Segundo a pesquisa realizada, é consenso entre a comunidade científica a necessidade de situar o termo velhice em uma dimensão mais ampla, considerando os aspectos psicológicos, orgânicos, sociais e existenciais inerentes a esse processo, propondo que tal período da vida precisa ser abordado, ao contrário do que se pensa, não como uma fase de desestruturação, mas de reestruturação. As políticas sociais e de saúde voltadas à assistência ao idoso devem visar e verdadeiramente garantir o envelhecimento saudável, tendo em vista que as pessoas, na continuidade de suas vidas, não desejam definir-se como velhas, mas tornarem-se idosas e desfrutarem do envelhecer com bem-estar. A abordagem do envelhecimento humano precisa estruturar-se sob uma perspectiva holística e, dessa forma, assegurar todas as oportunidades e facilidades, para a preservação da saúde física e mental da pessoa idosa, promovendo o seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. O cuidado ao idoso deve acontecer de modo a garantir a inviolabilidade de seus direitos ao considerar os seus padrões e crenças, evitando assim a ocorrência de conflitos culturais, frustração, estresse e preocupações de ordem moral e ética. Para tanto, são necessárias propostas e estratégias de intervenção focalizadas na promoção da saúde e na prevenção de agravos, no sentido de instaurar um cenário no qual o processo do envelhecimento se dê de forma estruturada, otimizada.