VARIABILIDADE NO REGIME PLUVIAL NA MICRORREGIÃO DE PATOS NOS ANOS DE EL NIÑO OSCILAÇÃO SUL
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Existem vários estudo que investigam as relações entre El Niño, La Niña e precipitação pluvial, em busca da caracterização quantitativa do seu efeito. No Nordeste brasileiro há indícios de que nos anos com ocorrência de El Niño observa-se chuvas abaixo da média, enquanto, no episódio da La Niña os períodos são predominantemente mais chuvosos. Portanto, a irregularidade na quantidade e na distribuição de chuvas no Semiárido nordestino e, consequentemente, na microrregião de Patos, pode estar relacionada à circulação geral atmosférica e ao ENOS. Neste contexto, houve a necessidade de se estabelecer o regime pluvial local e na microrregião de Patos, e analisar se a sua variabilidade pluvial é/ou não influenciada pelo fenômeno ENOS, sendo essas determinações os objetivos principais deste trabalho. Para a realização deste estudo foram utilizados dados mensais e anuais das séries pluviais do período de 1965 a 2011, cedidas pela Agência Executiva das Águas do Estado da Paraíba (AESA), em Campina Grande, e/ou extraídas dos registros da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Foram contabilizados dados de 4 localidades da microrregião, sendo determinadas as medidas de tendência central (médias e medianas), de dispersão (desvio padrão da média, amplitude), o regime pluvial local e a estação chuvosa. Os resultados mostraram que: o regime anual de chuvas na microrregião de Patos é de 750,2 mm; a amplitude intra-microrregião de é 216,9 mm; a estação chuvosa se estende nos meses de fevereiro, março e abril, e assume cerca de 66,0 % do total de precipitação pluvial durante o ano; as localidades de Mãe d’ Água e Santa Teresinha podem apresentar o período chuvoso entre os meses de janeiro e maio, e Patos exibir uma pré-estação em janeiro; mesmo na estação chuvosa, ocorrem períodos contínuos de estiagens; nos anos com indicativos de El Niño, a microrregião de Patos expõe, em média, 65,0 % de anos com chances de chover abaixo do esperado; nos anos com ocorrência do La Niña, em média, a microrregião apresenta 49,0 % de chuva acima da média. Dessa forma, há oscilações positiva e negativa nos totais de chuvas observados em relação aos esperados nos anos de ocorrências de EL Niño e de La Niña. 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