O envelhecimento da população brasileira é acompanhado pelo aumento da prevalência de doenças provocadas ou facilitadas pelas alterações fisiológicas características dos idosos. O tratamento medicamentoso, geralmente o escolhido por médicos e pacientes, está sujeito às mudanças na farmacocinética e na farmacodinâmica características dessa faixa etária. Isso traz como consequência o aumento do risco de interações medicamentosas, que podem culminar em sintomas desagradáveis. Se não investigados, tais sintomas resultam em mais fármacos indicados. Este trabalho teve como objetivo identificar as principais interações medicamentosas apresentadas pela população acima de 60 anos. A metodologia utilizada foi a de pesquisa em campo, com aplicação pessoal de um questionário para coletar dados sobre medicamentos ingeridos pela população idosa. Os resultados mostraram prevalência de 82,6% de indivíduos com risco de interações medicamentosas entre os entrevistados. Os principais medicamentos responsáveis observados foram os anticoagulantes, os inibidores de bomba de prótons, os antidepressivos e os anti-inflamatórios. Conclui-se que é imprescindível modificar o atendimento ao idoso e ampliar a participação dele em seu tratamento para evitar o mau uso de medicamentos, além da capacitação dos profissionais da área da saúde para prevenir e identificar interações medicamentosas.
Palavras-chave: Alopatia. Idosos. Interações Medicamentosas.