O envelhecimento humano é definido como o período de declínio da função da maioria dos sistemas do corpo. Um fator importante que pode influenciar a capacidade funcional do indivíduo idoso é o estado nutricional, e sua análise, em idosos, pode ser realizada pela antropometria, que é um método de simples de utilização e facilidade de interpretação. O excesso de peso aliado ao processo de envelhecimento pode trazer alterações prejudiciais à saúde, acarretando declínio na aptidão funcional, reduzir o grau de independência e tornar suscetível a ocorrência de quedas. Portanto, verificar a composição corporal, no que se refere ao baixo e/ou excesso de peso, é de grande importância para estabelecer estratégias preventivas aos futuros episódios de quedas na população idosa. Diante deste contexto, realizou-se este estudo com o objetivo de verificar a associação entre o IMC e a ocorrência de quedas em idosos comunitários. A amostra do presente estudo foi constituída por 133 idosos voluntários, assim distribuídos por faixa etária: entre 60 a 69 anos (n= 73), 70 a 79 anos (n= 48) e 80 anos e mais (n=12), sendo que do total, 73% (n=98) eram do sexo feminino. Evidenciou-se que o excesso de peso esteve associado significativamente ao autorrelato de quedas pelos idosos entrevistados, tanto na faixa etária de 60-69 anos, quanto na de 70-79 anos. Já os idosos com idade acima de 80 anos tiveram, em sua maioria, peso adequado, sendo que esta associação não foi significativa com a ocorrência de quedas.