ESTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO ANALISAR O DISCURSO DA MÚSICA MARIA DA VILA MATILDE INTERPRETADA POR ELZA SOARES, COMO AGENTE EMPODERADOR DA MULHER. UMA VEZ QUE A MÚSICA COMO PRODUTO CULTURAL, REPRODUZ E EFETIVA IDEOLOGIAS CONFORME O PERÍODO HISTÓRICO, ASSIM, DURANTE MUITOS ANOS LEGITIMOU O DISCURSO MACHISTA NA SOCIEDADE. PORÉM, COM O FORTALECIMENTO DO MOVIMENTO FEMINISTA, A PRODUÇÃO MUSICAL FOI RESSIGNIFICADA, RESULTANDO EM PRODUÇÕES COM CONTEÚDO FEMINISTA E DE DENÚNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. ASSIM, ESSA PESQUISA SE INSERE NA LINGUÍSTICA APLICADA, ADOTANDO COMO METODOLOGIA A PESQUISA QUALITATIVA E UTILIZANDO AS TEORIAS MÚSICA, CULTURA E EXPERIÊNCIA DE JOHN BLACKING (2007) E O DIALOGISMO DE MIKHAIL BAKHTIN (1997) PARA A CONSTRUÇÃO DE DADOS. DESTARTE, ESSE TEXTO DEMONSTRA COMO UMA MULHER, ELZA SOARES, DEMARCA O ESPAÇO DE EMPODERAMENTO METAFORIZANDO-SE A ELA E TANTAS OUTRAS NA PERSONAGEM MARIA DA VILA MATILDE, PERMITINDO A APROPRIAÇÃO DO QUE É DESCRITO E DENUNCIADO NA OBRA.