As tecnologias digitais, hoje, fazem-se presente em todo o mundo. As crianças do novo milênio já nascem em meio a esse mundo de informações e acessos imediatos a recursos eletrônicos, os chamados nativos digitais. Essas crianças mudaram a forma do brincar, do agir, do conviver e do aprender. Além disso cada vez mais cedo essa nova geração tem contato com alguma forma de tecnologia digital. Porém, as gerações de adultos, tais como, pais e professores, não acompanham com facilidade a velocidade do processamento da informação das crianças atuais. O grau de conhecimentos sobre as tecnologias digitais das gerações anteriores a essas crianças é geralmente menor e a prática dos atuais docentes diante dessa realidade apresentada tem se tornado cada vez mais obsoleta. Essas gerações de adultos de um passado distantes ao das gerações atuais se encontram em um movimento de migração para esse novo mundo informatizado, são os chamados imigrantes digitais. Os métodos de aprendizagem utilizados pelos professores, imigrantes digitais, acabam não sendo atrativos para a geração de nativos digitais. As crianças apresentam hábitos que no passado eram entendidos como desinteresse na aula ou desobediência e desrespeito à figura do professor. Atualmente, esse tipo de comportamento está sendo explicado por teóricos que estudam sobre as gerações de nativos digitais e de imigrantes digitais como sendo resultado desse descompasso entre professores imigrantes para alunos nativos. Porém, resta saber se essa realidade de comportamento dos ditos nativos digitais se repete em todas as classes sociais ou se é uma realidade das crianças com poder aquisitivo mais favorável ao acesso e uso dessas tecnologias. Para uma maior aproximação dessa problemática aqui exposta foi organizado um trabalho de pesquisa que envolve duas etapas. Na primeira pretendeu-se analisar mais de perto o conceito de imigrante digital e nativo digital desenvolvido pelo estudioso Prensky em 2001 e como se caracterizam tais comportamentos em aula, seja do professor, seja do aluno. A caracterização do comportamento de nativos e de imigrantes digitais que vem sendo referência de várias leituras e trabalhos de pesquisa sobre o tema. Na segunda etapa, busca-se conhecer mais de perto a realidade escolar e as manifestações desse tipo de comportamento nos alunos e nos professores observando momentos de aulas em escolas de classe média e de classe popular. Porém no presente momento, serão apresentados os conceitos de imigrantes digitais, nativos digitais, como também estudos sobre o assunto que apresentam a incorporação do conceito em trabalhos de pesquisa que sobre resultados de experiências de aprendizagem levando em conta novos paradigmas educacionais compatíveis com tal conceito.