O Programa Nacional de Informática na Educação, do governo federal do Brasil desde 1997 envia às escolas públicas de ensino básico computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais para inserção das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nos currículos escolares. Em vista disso, a maior parte dos municípios brasileiros conta com laboratórios de informática equipados e ligados à rede mundial de computadores, entretanto a inserção TDIC nos currículos e nas práticas educativas mostra-se quase inexistente. Este trabalho apresenta um estudo referente à ação de gestores e professores para a inclusão, nos conteúdos curriculares da educação básica, do uso sistemático para as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação A investigação ocorreu em escolas do agreste central pernambucano. Paralelamente ao desenvolvimento tecnológico da região analisada e das políticas educacionais de inclusão digitais, há grandes índices de desigualdade social pela falta de oportunidades da juventude, e a escola, que ainda não consegue ser atrativa a este estudante, como apontam os grandes índices de evasão nas instituições analisadas, não tem utilizado os recursos tecnológicos que dispõe para tornar-se um ambiente em sintonia com o seu contemporâneo. Percebe-se assim, a escola como eixo central da dinâmica da reprodução social focalizada nos processos de reprodução da cultura, (Bourdieu, 2011). Alicerçados por ele e por outros teóricos, tais como Sacristán (2000), Paro (2008) e Lück (1999, 2000, 2008) esse trabalho traz reflexões sobre a urgência de modernizar o currículo escolar de modo que ele atenda às atuais demandas da cultura e sobre a função da gestão escolar institucional têm nesse processo.