A realização da Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil envolveu um processo de requalificação do espaço urbano, onde capitais internacionais “especializados” no urbanismo do espetáculo se reuniram a fim de lucrar por meio da realização de empreendimentos urbanos. Esse processo encontra apoio na construção de um discurso de legado para as cidades-sedes, o qual coloca a dilapidação do fundo público e a realização de projetos incompletos como benéficos a longo prazo para toda a população. Este trabalho se propõe analisar de modo crítico as transformações espaciais impulsionadas pela Copa do Mundo FIFA 2014 no bairro de Itaquera, de modo a compreender o processo de produção do espaço urbano no contexto neoliberal.