Na virada do último milênio, o Plano Colômbia pode ser considerado como a primeira experiência estadunidense na América Latina e no Caribe. Trata-se de um plano de Reposicionamento Político-Militar (RPM) para o atendimento da agenda global relacionadas aos interesses da política externa de segurança e defesa dos Estados Unidos da América (EUA). A escalada para a internacionalização do conflito interno colombiano, de início, gerou um acelerado processo de militarização nas forças armadas e policiais modificando a dinâmica territorial do país sul americano. As alternâncias e as diplomacias das classes dominantes na presidência de ambos os países (1998-2018) são determinantes para a implementação e execução do plano ao longo de quase duas décadas. Com o Acordo de Havana (2016), o mesmo passa a ser definido como encerrado. Mas as evidências com as sucessões presidenciáveis, não só comprovam que sua essência permanece nos campos inseridos nas relações de poder, como também reafirma sua condição hegemônica no século XXI.