A polifarmácia é caracterizada pelo uso simultâneo de quatro ou mais medicamentos, é uma realidade prevalente entre os idosos, configurando-se como uma epidemia nessa faixa etária. Essa ocorrência tem como cenário o aumento exponencial da prevalência de doenças crônicas e das sequelas que acompanham o avançar da idade. A cascata de prescrição tem relação direta com a polifarmácia, uma vez que quando um efeito colateral de um medicamento é erroneamente interpretado como uma nova condição médica, faz com que o idoso utilize uma nova medicação, resultando assim em uma polifarmácia desnecessária, aumento do risco de interações medicamentosas e custos adicionais para o paciente. Diante disso, o objetivo desta revisão integrativa é investigar os efeitos da polifarmácia na saúde física e mental dos idosos, incluindo riscos de interações medicamentosas, reações adversas a medicamentos e comprometimento da qualidade de vida. Foram selecionados artigos por meio dos seguintes descritores: “Idosos”; “Consequências” e “Polifarmácia”; empregando, entre eles, o operador booleano “AND”. Para a delimitação da amostra da pesquisa, foram considerados os seguintes critérios: estudos nacionais publicados no idioma português, no período de 2023, e disponíveis na íntegra. Foram excluídos os artigos em duplicidade e os que não abordam a temática evidenciada. A análise dos estudos inclui a avaliação do nível de evidência e a categorização dos resultados encontrados, sendo localizados 22 artigos e, desses, quatro foram selecionados e 18, excluídos. Os resultados demonstram que a polifarmácia associa-se a riscos e agravos, podendo condicionar, além da iatrogenia, o surgimento de síndromes geriátricas. Desse modo, é crucial uma avaliação regular e criteriosa de medicamentos, adoção de estratégias de desprescrição e maior coordenação entre profissionais de saúde para melhorar a segurança e a qualidade de vida dessa população vulnerável.