INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma das neoplasias mais comuns entre as mulheres de todas as faixas etárias. Porém, cerca de 50% dos casos são detectados em mulheres com mais de 65 anos, o que evidencia como um dos principais fatores de risco: a idade. A detecção precoce da doença por meio do autoexame das mamas, exame clínico e mamografia (método mais eficaz), favorece tratamentos que podem erradicar totalmente o câncer. OBJETIVOS: Identificar os principais fatores que impedem as idosas de realizarem a mamografia e descrever sobre os recentes avanços terapêuticos para o tratamento de mulheres idosas diagnosticadas com câncer de mama. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão sistemática de publicações científicas em periódicos da área de saúde. O levantamento foi realizado no site da Bireme, nos bancos de dados Lilacs, Medline, Bdenf e Scielo. As buscas foram conduzidas a partir do cruzamento dos descritores: “câncer de mama”, “diagnóstico precoce”, “idoso” e “envelhecimento”. Critérios de inclusão estabelecidos: artigos publicados no período entre 2008 e 2012, disponíveis em língua portuguesa. Foram excluídos os artigos que não se adequaram aos critérios de inclusão. Dos 326 artigos encontrados, 317 não se relacionavam com o tema delimitado ou eram artigos duplicados, e apenas 9 artigos corresponderam ao assunto. RESULTADOS: Os estudos apontam que muitas idosas nunca realizaram a mamografia. A baixa escolaridade e condições socioeconômicas, a ausência de sinais da patologia em época anteriores da vida, a idade avançada e o medo da dor durante a mamografia foram associados e prevaleceram em relação ao medo de diagnosticar e desenvolver a doença. Em contrapartida, os recentes avanços tecnológicos permitem a detecção e adoção do tratamento o mais precocemente possível, e possibilita que mulheres na terceira idade diagnosticadas com neoplasias mamárias tenham uma atenção cada vez mais personalizada e interajam na tomada de decisão a respeito do método terapêutico mais adequado. A preservação da mama nessa faixa etária passou a ser uma realidade, com muita segurança. As abordagens sistêmicas da quimioterapia, outrora carregadas de efeitos colaterais indesejáveis, vêm sendo gradualmente substituídas pela endocrinoterapia, com baixas taxas de efeitos adversos. Os tratamentos endócrinos (endocrinoterapia) reduzem a quantidade de hormônios femininos produzidos pela gordura da mulher após a menopausa, e resulta no impedimento do desenvolvimento tumoral. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a prevenção deve fazer parte do cotidiano das mulheres independente da idade, mas principalmente da população idosa, pois se constitui como a melhor medida de proteção contra a doença. A detecção precoce, por meio da mamografia, também pode reduzir o índice de mortalidade, aumentar a expectativa de vida desta população, minimizar gastos com o tratamento, além de evitar o desgaste psicológico. Além do mais, espera-se que com a implantação de novas terapêuticas, como a endocrinoterapia, mulheres com mais de 60 anos detectadas com câncer de mama, em um estágio mais avançado da doença, possam também ter suas mamas conservadas.