INTRODUÇÃO: A Traqueostomia é um procedimento cirúrgico ao nível da região cervical anterior, onde é realizada uma pequena abertura na traqueia, abaixo da laringe, e introduzido um tubo de metal ou plástico (chamado cânula traqueal) para facilitar a entrada de ar (VIANNA, PALAZZO e ARAGON, 2011). A traqueostomia é um dos procedimentos mais comuns realizados em unidades de terapia intensiva (UTI), entretanto, a UTI é um ambiente vulnerável para disseminação e resistência de microrganismos patogênicos e a traqueostomia constitui uma porta aberta à entrada desses agentes infecciosos para vias respiratórias inferiores, aumentando ainda mais o risco de infecção, apesar de seus benefícios a traqueostomia traz consigo algumas complicações. Diante dessa perspectiva, faz-se necessário um cuidado rigoroso da equipe de enfermagem para com esses pacientes idosos traqueostomizados que estão no momento tão peculiar de suas vidas, prevenindo e/ou minimizando essas complicações. OBJETIVO: Identificar, através da produção científica, os cuidados da enfermagem aos idosos traqueostomizados na UTI. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistematizada da literatura. A busca foi realizada do período de janeiro a abril de 2013, no qual resultou em 179 artigos, onde 8 foram selecionados para compor a amostra. Como critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2008 a 2013, encontrados na base de dados SCIELO e LILACS, em língua portuguesa, apresentados na íntegra. RESULTADOS: Analisando os artigos coletados, verificou-se em sua totalidade que a Traqueostomia realizada na UTI tem como objetivo geral, o uso prolongado da ventilação mecânica e a eliminação de secreções pelas vias aéreas. Cinco artigos mostraram que o momento mais crítico é o pós-operatório, onde a enfermagem deve aumentar sua vigilância ao doente, visto que complicações possam surgir como, hemorragias, peneumotórax, embolia gasosa, infecções entre outras, acelerando assim, seu processo de morte. É necessária, a monitorização contínua, a realização de aspirações frequentes da traqueia, devido a grande quantidade de secreção produzida após a cirurgia, tomando-se o cuidado de evitar lesão direta da traqueia pela sonda de aspiração e o uso de nebulizações com O2 e agentes mucolíticos. Três autores enfatizaram a fisiologia prejudicada pela a idade desses pacientes idosos, no que se trata da reabilitação pós-cirúrgica e maior vulnerabilidade a complicações, no qual a enfermagem deve estar atenta, mantendo um cuidado minucioso, proporcionando segurança e conforto, respeitando suas limitações e autonomia. Quando possível, as ações da enfermagem devem induzir um maior nível de independência ao doente seja através de um maior controle da parte respiratória, assim como da comunicação. CONCLUSÃO: O idoso traqueostomizado da UTI é um doente extremamente dependente dos cuidados da equipe de saúde, por isso, a ação da enfermagem deverá primar pela vigilância/monitorização de complicações e problemas com os quais o doente se depara, independente de seu estágio de doença e prognóstico, necessitam ser tratados com dignidade e integridade.