Introdução: A chegada da senilidade implica no aparecimento de várias doenças crônico-degenerativas, que demandam o uso concomitante de vários medicamentos. Essa prática, característica da polifarmácia, aliada à automedicação, dificulta a adesão terapêutica pelos pacientes, por promover interações medicamentosas e reações adversas, representando um grave problema de saúde pública, por aumentar os custos dos serviços de saúde. Com isso, vê-se a importância do profissional farmacêutico na orientação dos idosos sobre o uso racional de medicamentos, buscando reduzir essa problemática. Objetivos: O presente estudo teve por objetivo avaliar a prevalência da polifarmácia nos idosos, bem como os seus fatores desencadeantes, enfatizando a importância do farmacêutico na orientação desses pacientes sobre o uso racional de medicamentos. Metodologia: O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica sistemática a partir de artigos, teses e dissertações de mestrado e doutorado, publicados no período de 2005 a 2012, sobre estudos que demonstram a prevalência da polifarmácia em idosos e suas causas. Como fontes de pesquisa, foram utilizadas as bases de dados eletrônicos: Scielo, Science Direct, Capes e Lillacs. Resultados: Estudos apontam classes farmacológicas semelhantes como as mais utilizadas na polimedicação, destacando-se as que atuam no sistema cardiovascular, no sistema nervoso e no trato alimentar e metabolismo, demonstram que entre 64% das doenças que induzem a essa prática está à hipertensão arterial sistêmica. Sendo que essa utilização aumenta com a progressão da idade, onde esse fenômeno pode ser explicado por fatores como o aumento da morbidade, influenciando o consumo de medicamentos, apresentando as mulheres como as mais prováveis usuárias. Pesquisas destacaram que idosas em idade maior ou igual a 70 anos tem a pior percepção de saúde, relatando de quatro ou mais doenças, apresentam a associação positiva com a utilização de 5 ou mais medicamentos. E, que a maioria dos idosos que utilizam vários medicamentos não recebe orientação e assistência farmacêutica, resultando na elevada prevalência de interações medicamentosas, ocorrendo principalmente interações do tipo farmacocinética entre antinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e anti-hipertensivos. Entre os efeitos adversos mais frequentes estão a dependência física e psíquica. Onde 61,8% dos idosos no Brasil apresentam pelo menos uma reação adversa a medicamentos (RAM’s). Conclusão: Logo, a orientação farmacêutica para o manejo terapêutico adequado, torna-se importante para evitar possíveis interações medicamentosas e RAM’s, que são originadas pela polifarmácia sem acompanhamento profissional adequado.