O envelhecimento populacional é uma das mais importantes mudanças demográficas e sociais observadas nos diferentes contextos geográficos. Atrelado a isto, observou-se um aumento na incidência de doenças crônico-degenerativas, que podem ser acompanhadas por sequelas, que limitam o desempenho funcional e geram dependência. Objetivou-se estudar o perfil de morbidades autorreferidas por idosos atendidos em um ambulatório de geriatria, por meio de um estudo exploratório descritivo, realizado no Hospital Universitário do município de João Pessoa, Paraíba, compondo 121 sujeitos de ambos os sexos. Para o tratamento estatístico utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS 2.0. Considerando as morbidades autorreferidas pelos idosos, verificou-se que a maioria afirmou experimentar mais de uma doença crônica, o que caracteriza comorbidade. As morbidades mais prevalentes foram: problema de coluna, 102 (84,3%), pressão alta, 85 (70,2%), varizes, 81 (66,9%), labirintite, 79 (65,3%), e problema de memória, 78 (64,5%). Salienta-se, também, que entre os idosos participantes do estudo, 65 (53,7%) relataram dificuldades visuais e 35 (28,9%) referiram problemas auditivos. Entre os problemas osteomusculares, 71 (58,7%) idosos expressaram problemas reumáticos e 65 (53,7%) relataram dores musculares. Conclui-se que ha necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para atuarem na promoção da saúde, prevenção e reabilitação das doenças crônicas não transmissíveis, possibilitando, assim, a estruturação de ações preventivas, incluindo os aspectos sociais, cognitivos e físicos dos idosos, uma vez que as morbidades podem interferir na dependência e qualidade de vida dos mesmos.