INTRODUÇÃO: As significantes mudanças na estrutura etária brasileira vêm se configurando na franca ascensão do número de idosos (as), que tendem a se perpetuar. O censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou, para o ano de 2020, um contingente superior a 30 milhões de idosos. Com o avançar da idade, aumenta-se a probabilidade de ocorrer doenças e debilidades nas funções físicas e psíquicas, algumas consideradas comuns a essa faixa etária. No entanto, os efeitos de tais fragilidades podem ser revertidos se o indivíduo idoso é estimulado a permanecer ativo desempenhando seus papéis sociais, bem como quando lhe é ofertado boas condições para manutenção da saúde e um envelhecimento com qualidade de vida. OBJETIVO: Realizar análise sistemática da literatura nacional a cerca das pesquisas científicas de enfermagem na área da saúde mental da população idosa. METODOLOGIA: Para atender a proposta de investigação, desenvolveu-se uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados online do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores: Saúde Mental, Idosos, Enfermagem, combinados por meio do operador booleando “and”. Definiram-se os seguintes critérios de inclusão: textos completos disponíveis online, estar escrito em língua portuguesa, ser publicado entre os anos de 2003 a 2013. Foram encontrados 30 artigos científicos, destes quatro encontravam-se repetidos nas bases de dados sendo estes excluídos. Assim, atenderam aos critérios propostos apenas 12 artigos científicos que compuseram a seleção final. RESULTADOS: Constatou-se que o ano de 2010 apresentou o maior número de trabalhos publicados na temática representando 33,3% de todas as publicações. Dentre os periódicos científicos analisados destaca-se a Revista Texto e Contexto-Enfermagem concentrando 41,7% das publicações. No que se refere à titulação acadêmica de todos os autores mencionados nos estudos a maioria, 35,5%, foram escritos por mestres, seguido por doutores 25,8%; pós-graduandos 16,6%; graduandos 11,2%; especialistas 4,9; não informaram 6,4%. Em tais estudos predominou a abordagem quali-quantitativa, representando, 41,6%, os estudos qualitativos e quantitativos obtiveram as mesmas porcentagens 16,7%, restando 25% de estudos que não citaram na metodologia o tipo de abordagem considerada. As temáticas mais abordadas foram às relativas ao Tratamento dos Transtornos Mentais (41,7%); Sistematização dos Cuidados de Enfermagem (16,7%), Relações Familiares no Cuidado de Idosos(as) com Transtornos Mentais (16,7%); Promoção da Qualidade de Vida (8,3%); Sexualidade (8,3%) e Depressão em Idosos(as) (8,3%). CONCLUSÃO: Na população idosa os transtornos mentais, destacam-se como um dos mais importantes agravos a saúde, portanto a atuação dos(as) enfermeiros(as) torna-se fundamental, na prevenção e identificação precoce dos sinais e sintomas relativos à saúde mental, bem como no estabelecimento do envelhecimento ativo e autônomo, a fim de diminuir os impactos destes transtornos aos idosos e sua família. Infere-se também, a partir deste estudo, a necessidade de aprofundamento na produção de conhecimento científico nesta área que seja capaz de abordar o idoso portador de debilidades mentais de maneira integral discutindo e potencializando o cuidar efetivo que atenda as necessidades da população idosa.