Apesar de ser praticamente desconhecido da maioria da população brasileira, o arroz vermelho vem sendo cultivado principalmente por pequenos agricultores da Região Nordeste do Brasil, tendo grande importância socioeconômico. O uso de bactérias promotoras de crescimento vegetal pode ser uma alternativa viável ao auxiliar no desenvolvimento de plantas sob condições de estresse, devido ao estímulo à produção de fitohormônios e fixação biológica de nitrogênio, que atuam no sentido de reduzir os efeitos negativos que o estresse pode causar no desenvolvimento das plantas. Com isso, objetivou-se avaliar os aspectos de crescimento, ecofisiológicos e bioquímicos em plantas de arroz vermelho inoculadas com Gluconacetobacter diazotrophicus sob deficiência hídrica. O experimento foi realizado com o cultivo de arroz vermelho (genótipo 405 EMBRAPA Meio Norte), com lisímetros inoculados com G. diazotrophicus e não inoculados, com e sem condições de restrição hídrica. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com 8 tratamentos e 4 repetições, onde cada parcela foi constituída de um lisímetro contendo 60 plantas. Foram avaliada uma variável ecofisiológica (fluorescência da clorofila a) e uma bioquímica (pigmentos fotossintéticos). O arroz vermelho inoculado e não inoculado sob os níveis de porcentagem de água no solo (70%, 50% e 30%) apresentaram diferenças em todas as variáveis estudadas. Na restrição hídrica aumentaram os níveis de fluorescência da clorofila a e pigmentos fotossintéticos, logo após a reidratação esses valores foram reduzidos nas plantas inoculadas. Foram verificadas alterações fisiológicas e bioquímicas nas plantas de arroz vermelho em função dos níveis de restrição hídrica, ao qual foram submetidas. No entanto, sob condições de inoculação com G. diazotrophicus as condições de deficiência hídrica foram mitigadas, com incrementos nos teores de clorofila a e b, bem como na taxa de fotossíntese líquida.