Este estudo se insere na linha de pesquisa Leitura e Produção Textual: Diversidade Social e Práticas Docentes e resulta de uma pesquisa realizada com alunos do 5ºano do Ensino Fundamental de uma escola pública da zona rural de Petrolina-PE, em 2016. Identificar e analisar as marcas da oralidade efetuadas por alunos do 5ºano no processo de escrita, bem como proceder com intervenções por meio da reescrita textual a fim de ameniza-las, caracterizaram os objetivos desta pesquisa. Para isso, foram desenvolvidas oficinas de produção textual explorando a reescrita textual coletiva. O percurso metodológico das produções textuais de cinco alunos foi delineado, visando acompanhar o desempenho individual a cada reescrita realizada. Quanto às marcas da oralidade identificadas, estas foram classificadas em categorias de erros, a luz dos estudos de Cagliari (2003) a fim de compreender o porquê de tais ocorrências e evitar qualquer tipo de preconceito linguístico. Estudos que tratam da reescrita textual como Ruiz (2015), Menegolo (2005), Matêncio (2003) além de Ferreiro (2003), Koch (2002), Cagliari (2003), Fayol (2014) que discorrem sobre o processo de escrita, compõem a base teórica desta pesquisa. A análise dos dados coletados evidenciou que no processo de reescrita os alunos apresentaram um avanço quanto à redução das marcas da oralidade nas produções textuais. Ao reescrever sob supervisionamento da pesquisadora, os discentes fizeram acréscimos, substituições e reduções de palavras, sem alterar a essência das narrativas. Verificou-se ainda que, a didática com que os textos foram produzidos contribuiu para o interesse coletivo pela reescrita textual. Assim, esta pesquisa propiciou a ampliação dos estudos sobre o ensino da língua, notadamente sobre a reescrita textual no processo de aquisição da escrita.