A intervenção precoce refere-se a um conjunto de atividades, desenvolvidas por profissionais de diferentes áreas de formação com crianças na faixa etária de zero a seis anos e suas famílias, visando prevenir, detectar e apresentar resposta imediata, de formas planejada, sistemática, dinâmica e integral às necessidades transitórias ou permanentes de crianças com deficiência ou transtornos em seu desenvolvimento ou com risco de vir a manifestá-los, sendo, portanto, fundamental no atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista para elevar as oportunidades de desenvolvimento dessas crianças. O objetivo deste estudo foi verificar qual o modelo de atuação adotado entre os profissionais de fonoaudiologia, terapeutas ocupacionais e professores de educação física na intervenção precoce de crianças com Transtorno do Espectro Autista em um centro educacional especializado localizado no município de São Luís. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, descritiva, apoiada no método fenomenológico. Participaram desta pesquisa 05 profissionais, sendo 02 professoras de educação física, 02 fonoaudiólogas e 01 terapeuta ocupacional integrantes da equipe de profissionais do referido Centro. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi a entrevista semiestruturada. A interpretação dos dados foi realizada por meio do método fenomenológico de investigação e aplicação de análises ideográfica e nomotética. Os resultados mostraram que a equipe de profissionais tem buscado atuar de forma interdisciplinar por meio da iniciativa de cada profissional, evidenciando a ocorrência desintegrada dos processos de avaliação e planejamento, sem conversação entre as diferentes áreas. Conclui-se que a falta de atuação integrada da equipe está diretamente relacionada à necessidade de qualificação e formação continuada para aprender a atuar de forma transdisciplinar.