Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

ENTRE PERDAS E RESILIÊNCIAS: PEIXES DO BAIXO RIO DOCE APÓS O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO EM MARIANA, MG

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

A bacia do Rio Doce é uma das principais bacias costeiras no sudeste do Brasil e se caracteriza por intensa exploração histórica dos seus recursos que resultaram em grandes impactos ambientais, como o rompimento da barragem de Fundão há dez anos. A ictiofauna da bacia do Rio Doce é muito diversa, apresenta alto endemismo, porém a maioria dos estudos relacionados a essa diversidade está concentrada, principalmente, nas porções alta e média da bacia. Nosso objetivo foi realizar um levantamento das espécies de peixes coletadas em diferentes ambientes lóticos e lênticos, no baixo curso da bacia do Rio Doce, durante seis anos de monitoramento. As amostragens ocorreram em 12 estações amostrais, de forma mensal, no período de outubro/2018 a maio/2022, e trimestral, entre agosto/2022 e julho/2024. Nas coletas, foram usados conjuntos de redes de emalhar, as quais foram expostas durante 4 horas ao entardecer (das 16h-20h), redes de arrasto e tarrafas. Nosso estudo revelou a presença de 79 espécies, sendo que 54 são nativas e 25 não nativas no Baixo Rio Doce. Essas espécies estão alocadas em 14 ordens, 35 famílias e 62 gêneros. As ordens mais representativas foram Characiformes (26 spp.; 32,9%), Siluriformes (20 spp.; 25,3%) e Cichliformes (11 spp.; 13,9%). A maioria das espécies é exclusivamente dulcícola (62), uma ocorre exclusivamente no estuário e o restante (13) ocorre em dois ou mais ambientes. Três espécies são consideradas endêmicas da bacia: duas espécies de cambeva (Microcambeva watu e Trichomycterus cf. melanopygius) e uma espécie de grumatã (Prochilodus vimboides), sendo esta última categorizada como Vulnerável em listas nacionais de espécies ameaçadas de extinção. Além disso, ao longo dos seis anos de monitoramento, foi observada uma tendência de queda da riqueza taxonômica das espécies nativas e o aumento das não nativas. Essa tendência pode ser explicada pela maior adaptabilidade das espécies não nativas, seja por vantagens reprodutivas, pela competitividade de nichos vagos, ou pela tolerância a mudanças sazonais e espaciais no ambiente impactado após o rompimento da barragem. Os resultados apresentados fornecem subsídios para futuras implementações de políticas de recuperação e conservação pelos gestores tomadores de decisão para proteger a biodiversidade aquática da bacia.

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