Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

EFEITO DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO NAS MUDANÇAS DE USO DO SOLO NO ENTORNO DA ÁREA AFETADA EM MÚLTIPLAS ESCALAS

Palavra-chaves: , , , , Pôster ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação
"2025-11-17" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 123951
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 107
    "inscrito_id" => 29
    "titulo" => "EFEITO DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO NAS MUDANÇAS DE USO DO SOLO NO ENTORNO DA ÁREA AFETADA EM MÚLTIPLAS ESCALAS"
    "resumo" => "O colapso das barragens de Fundão e Santarém, pertencentes à Samarco S.A., em Bento Rodrigues (MG), em novembro de 2015, desencadeou um dos maiores desastres socioambientais do Brasil, liberando entre 55 e 62 milhões de m³ de rejeitos na bacia do Rio Doce. Este estudo avaliou as mudanças no uso e cobertura da terra antes (2009–2015) e depois (2016–2022) do desastre, em três zonas de amortecimento (100 m, 200 m e 500 m) ao longo do trecho mais severamente impactado, entre o local do rompimento e o reservatório de Candonga. Foram utilizados dados do projeto MapBiomas, integrados a análises em SIG (QGIS e ArcMap 10.7), para gerar matrizes de transição e taxas de conversão de habitats naturais e usos antrópicos. Os resultados evidenciaram um aumento expressivo das conversões de habitats naturais para usos antrópicos — de 6,75% para 8,93% (100 m), de 6,09% para 7,92% (200 m) e de 4,03% para 4,48% (500m) — e uma redução nas transições inversas (de 2,99% para 1,97%; 2,92% para 1,75%; e 2,67% para 2,09%, respectivamente). A conversão de formações florestais para mosaicos de usos cresceu até 1,94% nas áreas mais próximas, enquanto a regeneração florestal a partir de áreas mineradas caiu mais de 80%. Esses padrões indicam aceleração da perda de cobertura nativa e declínio da regeneração natural após o desastre, com a influência do evento diminuindo com o afastamento da área diretamente afetada. As evidências apontam que o colapso da barragem intensificou os processos de degradação e limitou a recuperação ecológica, sugerindo que as ações de restauração e monitoramento atuais são insuficientes. Conclui-se que o desastre provocou uma cascata de mudanças na paisagem, comprometendo a resiliência ecológica e a biodiversidade em múltiplas escalas espaciais. O estudo reforça a necessidade urgente de políticas públicas integradas, de longo prazo e multiescalares, voltadas à restauração ecológica efetiva e ao manejo sustentável da bacia do Rio Doce."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID29_TB107_13102025180817.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "YUMI OKI"
    "autor_nome_curto" => "YUMI"
    "autor_email" => "yumiokibiologia@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 123951
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 107
    "inscrito_id" => 29
    "titulo" => "EFEITO DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO NAS MUDANÇAS DE USO DO SOLO NO ENTORNO DA ÁREA AFETADA EM MÚLTIPLAS ESCALAS"
    "resumo" => "O colapso das barragens de Fundão e Santarém, pertencentes à Samarco S.A., em Bento Rodrigues (MG), em novembro de 2015, desencadeou um dos maiores desastres socioambientais do Brasil, liberando entre 55 e 62 milhões de m³ de rejeitos na bacia do Rio Doce. Este estudo avaliou as mudanças no uso e cobertura da terra antes (2009–2015) e depois (2016–2022) do desastre, em três zonas de amortecimento (100 m, 200 m e 500 m) ao longo do trecho mais severamente impactado, entre o local do rompimento e o reservatório de Candonga. Foram utilizados dados do projeto MapBiomas, integrados a análises em SIG (QGIS e ArcMap 10.7), para gerar matrizes de transição e taxas de conversão de habitats naturais e usos antrópicos. Os resultados evidenciaram um aumento expressivo das conversões de habitats naturais para usos antrópicos — de 6,75% para 8,93% (100 m), de 6,09% para 7,92% (200 m) e de 4,03% para 4,48% (500m) — e uma redução nas transições inversas (de 2,99% para 1,97%; 2,92% para 1,75%; e 2,67% para 2,09%, respectivamente). A conversão de formações florestais para mosaicos de usos cresceu até 1,94% nas áreas mais próximas, enquanto a regeneração florestal a partir de áreas mineradas caiu mais de 80%. Esses padrões indicam aceleração da perda de cobertura nativa e declínio da regeneração natural após o desastre, com a influência do evento diminuindo com o afastamento da área diretamente afetada. As evidências apontam que o colapso da barragem intensificou os processos de degradação e limitou a recuperação ecológica, sugerindo que as ações de restauração e monitoramento atuais são insuficientes. Conclui-se que o desastre provocou uma cascata de mudanças na paisagem, comprometendo a resiliência ecológica e a biodiversidade em múltiplas escalas espaciais. O estudo reforça a necessidade urgente de políticas públicas integradas, de longo prazo e multiescalares, voltadas à restauração ecológica efetiva e ao manejo sustentável da bacia do Rio Doce."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID29_TB107_13102025180817.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "YUMI OKI"
    "autor_nome_curto" => "YUMI"
    "autor_email" => "yumiokibiologia@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O colapso das barragens de Fundão e Santarém, pertencentes à Samarco S.A., em Bento Rodrigues (MG), em novembro de 2015, desencadeou um dos maiores desastres socioambientais do Brasil, liberando entre 55 e 62 milhões de m³ de rejeitos na bacia do Rio Doce. Este estudo avaliou as mudanças no uso e cobertura da terra antes (2009–2015) e depois (2016–2022) do desastre, em três zonas de amortecimento (100 m, 200 m e 500 m) ao longo do trecho mais severamente impactado, entre o local do rompimento e o reservatório de Candonga. Foram utilizados dados do projeto MapBiomas, integrados a análises em SIG (QGIS e ArcMap 10.7), para gerar matrizes de transição e taxas de conversão de habitats naturais e usos antrópicos. Os resultados evidenciaram um aumento expressivo das conversões de habitats naturais para usos antrópicos — de 6,75% para 8,93% (100 m), de 6,09% para 7,92% (200 m) e de 4,03% para 4,48% (500m) — e uma redução nas transições inversas (de 2,99% para 1,97%; 2,92% para 1,75%; e 2,67% para 2,09%, respectivamente). A conversão de formações florestais para mosaicos de usos cresceu até 1,94% nas áreas mais próximas, enquanto a regeneração florestal a partir de áreas mineradas caiu mais de 80%. Esses padrões indicam aceleração da perda de cobertura nativa e declínio da regeneração natural após o desastre, com a influência do evento diminuindo com o afastamento da área diretamente afetada. As evidências apontam que o colapso da barragem intensificou os processos de degradação e limitou a recuperação ecológica, sugerindo que as ações de restauração e monitoramento atuais são insuficientes. Conclui-se que o desastre provocou uma cascata de mudanças na paisagem, comprometendo a resiliência ecológica e a biodiversidade em múltiplas escalas espaciais. O estudo reforça a necessidade urgente de políticas públicas integradas, de longo prazo e multiescalares, voltadas à restauração ecológica efetiva e ao manejo sustentável da bacia do Rio Doce.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.