O objetivo desse estudo foi relacionar dois protocolos de avaliação física (Índice de Massa Corporal - IMC e Relação Cintura/Quadril - RCQ) em idosos fisicamente ativos e verificar se a atividade física influenciou na composição corporal desses indivíduos. Para o cálculo do IMC foram avaliados os parâmetros antropométricos como estatura, peso corporal e para o cálculo do RCQ, os perímetros da cintura e do quadril. Os Idosos foram avaliados antes e após o envolvimento em programas de atividades físicas sistematizados de Musculação e Ginástica Geral, durante 14 semanas, 3 sessões semanais e com duração de 60 minutos. A elaboração dos programas teve como suporte os resultados das avaliações. Na Musculação foram trabalhados os componentes da capacidade funcional de força muscular e de flexibilidade, com maior ênfase, concomitante com os componentes da resistência aeróbia, coordenação motora e equilíbrio dinâmico. Na elaboração do programa de Ginástica Geral os componentes da capacidade funcional de força muscular, de coordenação motora e de equilíbrio corporal tiveram maior enfoque, sendo que a resistência aeróbia e a flexibilidade também foram consideradas. Na avaliação pré-intervenção foi possível observar que a média do IMC dos idosos praticantes da Ginástica Geral foi de 31kg/m² (±4,9), classificando os indivíduos com sobrepeso e obesidade, sendo que na avaliação pós-intervenção observou-se um resultado ligeiramente menor, 30,9Kg/m² (±5). Em relação ao RCQ não ocorreu alteração após a intervenção o índice foi de 0,90 (±0,06), este valor representa risco moderado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No grupo de praticantes de Musculação a média do IMC foi de 28,08Kg/m² (±4,65) pré-intervenção, na pós-intervenção foi observado um pequeno aumento 28,4Kg/m² (±4,54). Em relação ao RCQ do Grupo da Musculação observou-se uma estabilidade antes e após a intervenção com o RCQ também de 0,90 (±0,06). Os resultados mostraram que os programas de Musculação e de Ginástica Geral aplicados por 14 semanas, não foram efetivos para promover mudanças no IMC e RCQ, no entanto, o fato desses valores não ter aumentado é um fator a ser considerado e, ainda, reafirma a importância da atividade física aliada à necessidade de implantação de educação nutricional orientada na perspectiva de uma melhor saúde e qualidade de vida de idosos.