A Síndrome de Down ou Trissomia 21 fruto de uma distribuição cromossômica inadequada, trás ao individuo limitações para realizar várias tarefas motoras que em conjunto a maus hábitos de vida pode proporcionar doenças. Este estudo teve por objetivo analisar parâmetros antropométricos e hábitos de vida e riscos de doenças cardiovasculares em portadores da Síndrome de Down, inscritos em equoterapia em João Pessoa-Pb. É um estudo do tipo transversal e descritivo. A amostra foi composta por n=3 indivíduos (AVL); n=02 púberes do sexo masculino (AVL1) e (AVL2) e n=01 pré-púbere (AVL3) do sexo feminino. Para análise dos hábitos de vida usou-se o questionário adaptado por Torres e para a atividade física habitual o questionário modificado por Nahas. As medidas antropométricas mensuradas foram: massa corporal, estatura, circunferência da cintura e dobras cutâneas tricipital e perna. Os parâmetros antropométricos avaliados foram o Índice de Massa Corporal (IMC), a medida da circunferência da cintura (CC) e o percentual de gordura (%G) através do somatório das dobras cutâneas (∑DC T+P mm) e o Protocolo de Lohman. Para a classificação dessas variáveis foram adotados os pontos de corte através de percentil (th), recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Os jovens apresentaram hábitos de vida com características predominantemente sedentárias; com ênfase nas atividades cognitivas, com pouca participação sociocultural e prática esportiva. AVL1 apresentou o IMC com Risco de excesso de peso (referência: 85 th ¬ 95 th); AVL2 Eutrófico (referência: 5 th ¬ 85 th) e AVL3 com Risco de excesso de peso (referência: 85 th ¬ 95 th). A CC apresentou-se na média para os três avaliados, com 68,0cm (referência: 50 th) para AVL1, 66,0cm (referência: 50 th) para AVL2 e 65,0cm (referência: 50 th) para AVL3. Em relação ao ∑DC T+P(mm), AVL1 apresentou a medida de 29,0mm (ref. 25-30mm = 20-24%G Moderadamente alto), AVL2 a medida de 33,0mm (ref. 25-34mm = 20-24%G Moderadamente alto) e AVL3 a medida de 33,0mm (ref. 30-35mm = 29%G Moderadamente alto). Em conclusão, os jovens com Síndrome de Down estudados apresentaram parâmetros antropométricos inadequados, provenientes de hábitos de vida errôneos, o que propicia o risco do surgimento de doenças, dentre as quais, as cardiovasculares são, conforme literatura, as de grande prevalência.