Na universidade, vem prevalecendo a construção de conhecimentos técnico-científicos visando à inserção no mercado de trabalho. Refletir sobre essa questão torna-se relevante na formação em enfermagem, na qual se discute a necessidade de resgate do ser humano. Este estudo objetiva socializar resultados parciais de pesquisa em andamento no Mestrado em Educação da UERN, sobre a compreensão de condição humana construída pelos docentes de enfermagem dessa Universidade na formação do enfermeiro. Trata-se de investigação qualitativa, cujos colaboradores são os docentes e os discentes do curso de enfermagem da UERN, tendo a observação e a entrevista semi-estruturada como estratégias para coleta dos dados. Neste momento, a pesquisa se encontra na fase do levantamento bibliográfico e colhendo os primeiros depoimentos; como suporte teórico dialogamos com autores como: Backes et al. (2010), Carvalho (2008), Dowbor (2008), Esperidião (2001), Kruse (2003), Morin (2007). Enquanto resultados, identificamos que, na formação em enfermagem, a condição humana vem sendo esquecida em nome da formação profissional que investe no objetivismo, racionalismo, redução do ser humano a um ser meramente biológico. É importante que os docentes aceitem o desafio de (re)pensar sua compreensão de condição humana e as estratégias utilizadas para construí-la. O pensamento complexo semeado por Morin pode ser um aliado na (re)descoberta da formação humana na enfermagem. Além de sensibilizar para a reflexão sobre a essência do ser humano, pode apontar a (re)ligação dos saberes como estratégia para ver, ouvir e sentir a condição humana na sala de aula.