A Criptococose é uma infecção de caráter agudo, sub-agudo ou crônico, causada por fungos leveduriformes encapsulados do gênero Cryptococcus que possui cerca de 70 espécies, porém a espécie Cryptococcus neoformans é passível de causar o quadro patológico de Criptococose, e em pacientes imunodeprimidos essa patologia é mais severa principalmente pela virulência que a levedura apresenta, como cápsula polissacarídica, produção de melanina, ureases, fosfolipases e proteinases, que podem mascarar sua presença no organismo. O presente trabalho teve como objetivos descrever a etiopatogenia da Criptococose, seu diagnóstico laboratorial, como também a sua importância. Uma vez no organismo as manifestações clínicas incluem quadros assintomáticos onde o pulmão é frequentemente acometido, porém nenhuma sintomatologia é evidenciada principalmente pela ação do sistema imunológico, pulmonar, neurocriptococose, disseminada e cutânea primária. O diagnóstico laboratorial da criptococose é realizado a partir de métodos que visam à pesquisa do fungo, identificação de sua espécie e obtenção de informações sobre a patogenicidade. A identificação presuntiva pode ser obtida a partir do estudo em preparações em tinta nanquim para as cápsulas polissacarídicas ou a realização de testes rápidos da urease, e quando se trata de tecidos as melhores formas de diagnóstico direto são as técnicas histopatológicas. No imunodiagnóstico é recomendada a pesquisa do antígeno polissacarídico cápsular (CrAg), fundamentado na reação de aglutinação. Os testes imunoenzimáticos apresentam uma alta sensibilidade e especificidade. Técnicas moleculares como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) estão sendo utilizadas com o tempo para diagnóstico da Criptococose. Conclui-se que uma vez que o paciente esteja infectado o melhor a se proceder é realizar os exames laboratoriais com o melhor material possível para um melhor auxílio nas abordagens, visando uma rapidez no seu resultado, e consequentemente, tratamento do paciente.