Introdução: Os sintomas físicos e limitações resultantes da presença do Diabetes Mellitus podem promover o desenvolvimento de psicopatologias, como os transtornos de ansiedade e a depressão. Esses transtornos podem se refletir na exacerbação de sintomas, e no desenvolvimento de outras desordens psicopatológicas, como isolamento social, sofrimento psíquico e somático, discriminação, dificuldades na realização das atividades diárias e laborais, e aumento de mortalidade. Nessa perspectiva, é de extrema importância a participação de idosos na comunidade, seja em grupos para idosos, igrejas, associações ou qualquer outro grupo que possibilite a inserção destes indivíduos na sociedade. A participação ativa e a interação social permitem prevenir ou manter as funções cognitivas e uma boa a qualidade de vida. Objetivo: Investigar a percepção de idosos portadores de Diabetes Mellitus atendidos na Atenção Básica, quanto a sua participação social. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa, realizada com 35 idosos portadores de Diabetes Mellitus, cadastrados em duas Unidades Básicas de Saúde do Município de Vitória da Conquista- Bahia. Os dados foram coletados mediante aplicação dos seguintes instrumentos: Questionário Sóciodemográfico e Econômico e o questionário de Qualidade de Vida WHOQOL- OLD. Para análise dos dados foi utilizado o programa estatístico Statistical Package for Social Science/SPSS (versão 22.0). As variáveis foram apresentadas por meio de frequência e porcentagem. Todos os aspectos éticos e legais da Resolução 466/12 do Ministério da Saúde foi seguido rigorosamente. Este projeto teve aprovação do comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste, com parecer de aprovação nº 2.234.746. Resultados: A amostra foi composta por 35 idosos com idade média de 70,5 anos, com predominância, do sexo feminino, 77.1%; considerados de cor branca 40%; que relataram ser casados 57,1%; sem escolaridade 51,4%; aposentados 94,30%; renda de um salário mínimo 77,1 %; que reside com o cônjuge 40%; e que são evangélicos 51,4%. Destes idosos, 37,15% afirmam que tem capacidade extrema de fazer as atividades em cada dia, 48,55% se sentem suficientes para fazer as atividades de cada dia, 40% se sentem satisfeitos quanto ao nível de atividades e 40% estão satisfeitos com as oportunidades que a comunidade lhe oferece. Conclusão: Os idosos portadores DM participantes do estudo, tem uma boa percepção a cerca de sua participação social, e compreendem que precisam realizar suas atividades diárias, seja a nível individual, familiar ou coletivo em sua comunidade. Esses dados revelam, que a presença do envelhecimento, que é visto por muitos como incapacitante, e a presença de uma doença crônica não curável com o DM, não são empecilho para a participação social ativa e autônoma dessa população. Esses indivíduos apresentam capacidade física e mental para estar, cada vez mais, inseridos no ambiente social, e assim prevenir problemas de ordem psicossociais, como o isolamento e a depressão.