O presente artigo objetiva discutir acerca da arte e sua importância na educação infantil, entendendo a educação artística como artefato fundamental para o desenvolvimento da criança como ser ativo, que pensa, sonha, brinca, dança e vive as mais diversas experiências por meio da arte, que por ela é produzida constantemente, assim como, objetiva perceber os desafios encontrados no ensino da arte pelos docentes, compreendendo as perspectivas e falhas dessa prática. Todas as discussões aqui apresentadas defendem a perspectiva de uma educação estética, que compreende as sensações, os sentimentos e os sentidos como parte fundante do ser, componentes expressados principalmente através do brincar, que na sua essência, guarda uma variedade de expressões artísticas, contidas nas canções, na troca de olhares e sorrisos entre as crianças, no movimentar-se, no imaginar, fantasiar, viajar no mundo do faz de conta. É considerando a criança como ser histórico e de direitos, e compreendendo a educação infantil como o momento de sociabilidade e desenvolvimento do eu e do outro, que os procedimentos metodológicos aqui adotados se deram qualitativamente por meio de um estudo bibliográfico, que na sua essência buscou contemplar a historicidade da educação infantil, compreendendo os direitos da criança, inclusive o de se expressar livre e artisticamente pelas brincadeiras, movimentos e suas diversas linguagens. Um outro ponto a se contemplar foi o estudo de algumas leis e referências teóricas para o ensino da arte na educação infantil, assim como, outros escritos a respeito dessa temática. Toda a discussão foi desenvolvida através da necessidade de expandir o olhar para a criança, para a sua livre expressão do saber, para o seu eu poético e criador que é desvalorizado pelas instituições de ensino. Diante disso, e dos estudos apresentados, podemos compreender que a criança é arte em pessoa, que guarda no seu interior múltiplos pensamentos, fantasias, sonhos, canções, olhares e inúmeras imaginações, e é diante de toda essa riqueza artística que precisamos vencer o comodismo, a falta de estimulo dos professores, para que possamos então, construir uma educação estética, que compreende os sentimentos e os sentidos como parte fundante do ser, colaborando assim, para a valorização da criança, da sua história, e da educação infantil.