Este artigo examina a problemática da educação e sua vinculação com o processo de emancipação humana, com base no pensamento de Adorno, situando as reflexões contidas na obra “Educação e Emancipação”. Essa perspectiva teórico-crítica impõe empreender a tarefa de analisar o papel que assume a educação no contexto societário recente, em razão de se perceber a vinculação da forma atualmente dominante de educação (escolar) com os interesses e fins mercadológicos, na chamada sociedade do conhecimento, da era da globalização. Historicamente a educação assume papel preponderante para a formação dos sujeitos, uma vez que a esta cabe a tarefa de transmitir o conhecimento elaborado pela humanidade e perpetuar os valores humanos (formação humana) socialmente construídos. Nesse viés de análise se poderia pensar em uma educação comprometida com a missão de contribuir para que o indivíduo se torne “esclarecido” (ADORNO, 1995), ou seja, que ela seja capaz de impedir a repetição da barbárie. Portanto, se faz oportuno investigar as formulações de Adorno sobre a educação, pois segundo o filósofo, esta deve prioritariamente, favorecer um processo voltado para a formação de sujeitos críticos e emancipados, capazes de negar os impulsos destrutivos de uma “semicultura” (ibidem).