Esta apresentação tem como objetivo mostrar a primeira fase do trabalho de formação inicial docente para o ensino da língua inglesa dentro do Projeto PIBID realizado por estudantes de Letras Inglês da Universidade Federal do Ceará (UFC) junto a seu respectivo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) em parceria com o Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Ceará (IFCE). Seguindo o plano de ação do projeto, que teve como base a abordagem comunicativa do ensino de línguas (BROWN, 2007) que, por sua vez, propõe atividades de ensino centradas nos interesses se dificuldades dos alunos, a primeira fase do referido sub projeto tinha como objetivo proporcionar meios de familiarização dos alunos bolsistas com o contexto escolar do IFCE e com os alunos do Ensino Médio Técnico Integrado dessa instituição. Para isso, elegeu-se como instrumento de investigação o questionário de sondagem aplicados aos alunos via eletrônica e via impressa. Esse questionário foi elaborado pelos próprios alunos-bolsistas do Curso de Letras Inglês da UFC de modo colaborativo, em reunião semanal e com a orientação da coordenadora do projeto e da professora supervisora do IFCE, e que trouxe uma série de perguntas específicas referentes ao uso e conhecimento da língua inglesa dentro e fora da escola, para fins de levantamento de informações com objetivo final de traçar o perfil dos estudantes supracitados. O questionário foi aplicado de forma anônima e pôde ser respondido de duas maneiras: 1-através de um formulário online fornecido na plataforma digital, a qual os alunos têm acesso, chamada Q-acadêmico; 2- outra forma foi através de questionários impressos e aplicados em salas de aula. Foi obtido um total de 257 questionários respondidos, sendo 185 do questionário físico e 72 do questionário online. A partir dessas, foi possível observar uma diferença de interesses e motivações entre os perfis dos alunos que responderam online e dos alunos que responderam o questionário físico. Assim, também, conseguimos mapear o cenário da escola em relação ao uso da língua inglesa. Um primeiro ponto notado a ser considerado a partir dos dados coletados pelo questionário foi uma diferença entre o perfil dos alunos que responderam online e os que responderam a partir da aplicação física impressa em sala de aula. No questionário aplicado online, na questão em que o aluno foi interrogado se ele possuía interesse na língua inglesa obtivemos um total de 100% de respostas "sim"; em contrapartida, no questionário aplicado nas salas de aula, obteve-se um total de 90,8% de respostas "sim", e o restante manifestou não estar interessado na aprendizagem de língua inglesa. Com isso, foi possível entender essa unanimidade de respostas positivas no questionário online, pois os alunos que responderam via Q-acadêmico demonstraram verdadeira motivação para a aprendizagem ao entrar no sistema da escola para responder às perguntas, ao contrário dos alunos que receberam as perguntas em mãos na sala de aula, sendo, pois, convocados para tal. A partir dessa diferença na aplicação é possível perceber, então, que os alunos que responderam online e os que responderam em sala possuíam motivações diferentes também nas demais respostas dadas ao restante das perguntas do questionário. Não desmerecendo os alunos que responderam o questionário físico, entendemos que os alunos que responderam às questões online são mais suscetíveis a participar e permanecer nas atividades propostas pelos bolsistas, sendo, portanto, público alvo importante no processo de elaboração das ações. No geral, a maioria da clientela estudantil encontra-se no 1o ano do Ensino Médio, tem 17 anos de idade, gosta de matemática, história e química; gosta de aprender com séries e música. Sobre a língua inglesa, tais alunos não têm conhecimento aprofundado da língua, enquadrando-se como "básico", e querem aprimorar as habilidades de escuta e fala. Quando perguntados sobre possíveis ações com foco no inglês, responderam que gostariam de: clube de música, jogos de tabuleiro e preparatório para o Enem. Pelo instrumento de pesquisa questionário, podemos analisar o cenário geral da instituição em questão, podemos também perceber pontos fortes no uso do instrumento questionário físico, como a aproximação dos bolsistas aos alunos; mas também podemos perceber pontos fracos, como respostas menos motivadas. Podemos perceber pontos fortes e fracos no uso do instrumento de pesquisa no formato questionário: forte, pois foi possível identificar a clientela alvo, e fraco em algumas questões dúbias, o que resultou em respostas também dúbias. Esses pontos foram discutidos nas reuniões seguintes com os alunos-bolsistas PIBID com o objetivo de gerar reflexão sobre a formulação de perguntas para o instrumento de pesquisa questionário. Como resultados finais, e de um modo geral, o questionário demonstrou-se cumprir seu objetivo de traçar o perfil do estudante de Ensino Médio do IFCE no que se refere a suas aptidões e conhecimentos (da língua inglesa e de outros segmentos), orientando o desenho de propostas de intervenção mais voltadas aos interesses e necessidades apontados pelos alunos do IFCE. Referência: BROWN, Douglas. Teaching by Principles: An Interactive Approach to Language Pedagogy. London: Longman, 2007.