O presente estudo analisa o trabalho docente de homens professores em creches de Teresina (PI) visando compreender como as masculinidades docentes são construídas e reconstruídas através da história e memória destes profissionais. A base teórica da pesquisa foi composta, entre outros autores, por: Marília Pinto Carvalho (1999) que discute o “cuidado infantil” e a afetividade como aspectos não cognitivos, mas fundamentais na educação infantil e desafiadores na prática dos homens professores; Joan Scott (1990); Louro (1997); Robert W. Connell (1995) e Abreu (2003) que abordam a construção das masculinidades docentes na escola. Foi realizada uma pesquisa de campo e documental sob abordagem qualitativa com a colaboração de 8 professores que atuaram no magistério no período de 2001 à 2010 e 4 professores identificados atualmente com cargo / função na Educação Infantil nas creches de Teresina. Os dados foram produzidos por: análise de documentos e entrevistas através da história e memória, focalizando especialmente, a “história de vida” dos professores. O estudo revelou que a pedagogia masculina, em comunidades urbanas e rurais de Teresina, tem contribuído para a superação de estereótipos existentes na cultura escolar, pois têm conquistado reconhecimento profissional na alfabetização de crianças. Os homens professores, a exemplo das professoras, encontram-se motivados para o trabalho docente com crianças pequenas e não relacionam suas dificuldades ao gênero, mas sim a outros fatores, entre eles, os estereótipos da comunidade escolar que tendem a configurar o modelo de professor e as masculinidades docentes para a Educação Infantil.