A família e a escola são as duas principais instituições responsáveis pelo processo educativo das crianças. Contudo, nem sempre foi assim. Ao longo dos séculos, essas instituições e sua inter-relação mudaram: a família não é mais a mesma, nuclear, monogâmica e heterossexual em sua maioria, e a escola que antes se preocupava com cuidados físicos, sociais e intelectuais, na atualidade assumiu as funções econômica e ideológica como prioridade. Com isso, a inter-relação entre essas instituições se modificaram, ficando cheia de contradições e expectativa irreais, Assim, com base na teoria Elisiana, pretende-se analisa a relação família-escola no processo civilizatório dos sujeitos, sobretudo a partir das organizações familiares e escolares da contemporaneidade, especialmente a família homoparental. Esta, que comumente desperta polêmica, por encontrar-se em dissonância com as raízes biológicas da família comporta por pai/homem, mãe/mulher e filho/a, e por levantar fantasia a respeito de seus efeitos no processo educacional das crianças. Assim, a escola, que ainda espera essa família idealizada e nuclear, precisa avançar na compreensão dessa realidade, para evitar a disseminação de discursos preconceituosos e contribuir para o reconhecimento da diversidade.