Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

O TEMPO E O ESPAÇO-TEMPO NO CONTEXTO DA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS DA TERRA.

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

O tempo (e o espaço) estão bem longe de serem categorias exclusivamente geográficas. Mais do que categorias ou conceitos de uma disciplina específica, são condições ontológicas, questões essenciais da existência e do pensamento. O objetivo deste trabalho é a realização de uma exploração selecionada de concepções e debates que acreditamos ter importância para a Geografia, utilizando especialmente procedimentos metodológicos de revisão da literatura. O texto é parte de um capítulo essencial de minha tese de doutorado que se encontra em fase final de escrita. Partindo de algumas questões fundamentais, como a perspectiva dual de tempo em seta e em círculo, a descoberta do tempo profundo e seus desdobramentos, traçamos um caminho epistemológico e histórico (não necessariamente cronologicamente rígido) que perpassa por alguns momentos e lugares em que os debates relacionados ao tempo apresentaram transformações importantes para as Geociências. Em se tratando deste tema, é de amplo conhecimento que o naturalista e geólogo James Hutton é apontado como o pioneiro na descoberta do “tempo profundo”, o tempo geológico como o conhecemos hoje. o impacto dessa discussão para a ciência de modo geral foi enorme, e ainda maior para as Ciências da Terra. Um dos primeiros paradigmas da Geologia que tentaram explicar o tempo profundo, entre os séculos XVIII e XIX foi o Catastrofismo, todavia, revisaremos brevemente também questões referentes ao Atualismo, ao Uniformitarismo e as singularidades dos fenômenos naturais e sociais e o chamado Antropoceno. O tempo geológico foi determinante para a criação das primeiras teorias e explicações relacionadas à evolução do relevo na Geomorfologia, como a teoria dos Ciclos Geográficos e W. M. Davis. Foi também essencial para as discussões sobre o desenvolvimento dos solos e o processo de pedogênese, bem como na elaboração de teorias de caráter biogeográfico, como a Teorias dos Redutos. Por fim, nota-se que outra contribuição importante da Geologia veio com a distinção, em termos de escala, entre o tempo profundo (geológico) e o tempo antropológico (humano). Na Geografia falou-se por muitos anos sobre espaços ou paisagens naturais e humanas ou humanizados, talvez buscando distinção parecida em relação ao espaço. É de amplo conhecimento as acreções e aprofundamentos deste debate na ciência geográfica, especialmente na chamada Geografia Humana, com o amadurecimento do conceito de espaço geográfico e a introdução da concepção de segunda natureza ou natureza humanizada. Todavia, uma sistematização mais acurada sobre o tempo neste espaço geográfico de múltiplas temporalidades parece merecer mais atenção. De fato, no decorrer do seu próprio amadurecimento, a Geografia tomou de empréstimo ou foi influenciada de maneira exógena por inúmeras dessas ideias. Evolucionismo, uniformitarismo, irreversibilidade, auto-organização, entropia, complexidade, processos histórico-sociais, seta e ciclo do tempo são concepções, conceitos e categorias que foram e são acessados por geógrafas e geógrafos no Brasil e no mundo e que determinaram por diversos momentos e lugares nossa visão do tempo e do espaço, além do desenvolvimento de novos pressupostos, teorias e procedimentos metodológicos. Ao final do artigo, apresentamos algumas sistematizações gráficas sobre as diversas concepções e desdobramentos desta importante categoria para a ciência geográfica.

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