Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GÊNESE E EVOLUÇÃO DE LEQUE ALUVIAL ADJACENTE AO RIO SÃO DESIDÉRIO, OESTE DA BAHIA (NORDESTE DO BRASIL)

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

O Oeste Baiano localiza-se na borda oeste do Cráton do São Francisco e sua paisagem é marcada pelo contraste altimétrico entre o Planalto do Urucuia (~ 1.000 m) e a Depressão do São Francisco (~ 300 – 500 m). Na transição entre esses dois domínios morfoestruturais encontram-se escarpas e planícies fluviais adjacentes, onde se acumulam sedimentos na forma de leques aluviais. Estas formas atuam na paisagem como estoque de sedimentos entre as porções mais elevadas e as planícies adjacentes, possuindo potencial para investigar variações climáticas através de seu registro deposicional. Neste contexto, foi identificado um leque aluvial adjacente à margem direita do médio Rio São Desidério, na cidade homônima, afluente do Rio Grande, a principal rede de drenagem da região. Para melhor caracterizar essa forma, foram empregadas técnicas de mapeamento e medições de campo, além da realização de duas datações por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) e análises granulométricas em dois pontos: um na porção mediana do leque e outro nas margens do Rio São Desidério. Os resultados demonstram que a composição textural do leque, predominantemente silte, está fortemente relacionada com os sedimentos da área fonte, rochas metassedimentares da Formação São Desidério (Grupo Bambuí), enquanto que os sedimentos do aluvião recente do rio apresentam maior expressividade da fração areia, próprio da dinâmica fluvial. A cobertura superficial da porção mediana do leque aluvial foi datada em aproximadamente 6.000 anos A.P, ao passo que o aluvião recente do Rio São Desidério apresenta idade de aproximadamente 600 anos A.P, o que demonstra que o leque já encontra-se inativo. Sugere-se que um evento extremo, caracterizado por tempestades repentinas, tenha sido responsável pelo transporte do material siltoso já intemperizado na bacia de drenagem alimentadora do leque, ocasionando na deposição de uma grande quantidade de massa. Este processo de transporte pode ser aproximado a um evento de sheetflood (inundação laminar), onde um fluxo extremo não canalizado tem a capacidade de transportar grande quantidade de sedimentos pela vertente, em um contexto de um evento climático extremo caracterizado pela alta magnitude e baixa frequência. A junção entre fatores autogênicos e alogênicos identificados na gênese desse leque aluvial podem indicar a ocorrência de um período climático mais quente e seco para a região oeste da Bahia no Holoceno Médio, mais especificamente no período próximo a 6.000 anos A.P., intercalado pela existência de eventos extremos de alta energia, caracterizados por tempestades e inundações, possivelmente associados com eventos Bond e o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

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