Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

ECOS DO PASSADO: CONTRIBUIÇÕES DA NATUREZA PARA AS PESSOAS EM LITERATURAS DE VIAGEM DO SÉCULO XIX

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Os serviços ecossistêmicos (SE) - gerados pelas interações ecológicas dos ecossistemas, e os serviços geossistêmicos (SG) – que incorporam elementos abióticos (não vivos) e geológicos do ambiente, contribuem direta ou indiretamente para o bem-estar humano. O tema apresenta-se em crescente relevância diante das mudanças climáticas e da intensificação da degradação ambiental. Contudo, são escassos os estudos que buscam compreender os SE e SG a partir dos registros de naturalistas do Século XIX. Neste contexto, este trabalho investiga como os processos ecológicos e abióticos associam-se aos serviços ecossistêmicos e geossistêmicos descritos em literaturas de viagem de naturalistas em parte da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE), Minas Gerais, no Século XIX. Realizou-se uma revisão sistemática dos relatos de viagem de naturalistas, com a organização de um banco de dados para classificação e agrupamento dos SE e SG identificados segundo as suas categorias de provisão, regulação, suporte e cultural (e de conhecimento para SG). As literaturas de viagem de John Mawe, Wilhelm L. von Eschwege, Auguste de Saint-Hilaire, Johann B. von Spix, Carl F. P. von Martius e Richard F. Burton foram analisadas em detalhe como fonte principal deste trabalho. Mawe viajou pelo caminho Novo e caminho dos Diamantes, sentido sul-norte, em 1809, e seus relatos vinculam-se aos SE de provisão como fontes de água, alimentos e madeira. Eschwege visitou o Distrito Diamantino em 1811 e seus relatórios voltam-se para provisão de sobre recursos hídricos e jazidas auríferas. Saint-Hilaire, Spix e Martius percorreram os caminhos Sabarabuçu; caminho Novo e dos Diamantes, sentido sul –norte em 1816/1817 (Saint-Hilaire) e 1818 (Spix e Martius). Suas obras registram serviços de provisão e regulação, com ênfase em nascentes, plantas medicinais e alimentícias, além de frutos e flores em processo de polinização. Aspectos como clima, solo, beleza cênica, qualidade do ar e valores espirituais associados à paisagem (cultural) e jazimentos diamantíferos e auríferos são frequentes em suas obras. Richard Burton, percorreu parte dos caminhos Sabarabuçu e Novo; e o trecho de Bom Sucesso a Diamantina (próximo ao trecho BR 367) em 1867. Seu relato registra serviços de provisão hídrica e aspectos vinculados aos serviços geossistêmicos em especial as jazidas auríferas e diamantíferas. No trecho entre Bom Sucesso e Diamantina, na borda oeste da Serra do Espinhaço, em uma ruptura altimétrica de cerca de 900 metros, Burton identifica e analisa sete degraus topográficos de 650 a1500 metros. Enfatiza locais naturais de beleza cênica associados à paisagem. Todos os naturalistas descrevem as evidências de degradação ambiental por extrativismo mineral ou pela agropecuária, tais como: mudança/desvio de cursos fluviais, retirada de matas ciliares por meio de queimadas, assoreamento de rios, supressão da vegetação nativa, áreas queimadas para agropecuária, invasão biológica por espécimes monotípicas invasoras. Eschwege recomendou, de forma pioneira, a adoção de políticas públicas voltadas à conservação, incluindo leis ambientais e incentivos financeiros. Conclui-se que esses relatos, embora formulados em um contexto anterior ao conceito moderno de SE e SG, apresentam uma compreensão intuitiva e científica da importância da Natureza para a manutenção da vida.

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