Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

POTENCIAL GEOTURÍTICO DO NORTE DE RORAIMA

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A porção setentrional de Roraima, fronteira com Venezuela e Guiana, alberga uma notável geodiversidade que configura paisagens de singular beleza. Serras tabulares, colinas alinhadas, cachoeiras e corredeiras exuberantes, somadas a intrigantes feições erosivas, delineiam um quadro geomorfológico de elevado potencial para estudos da paisagem e para o desenvolvimento do geoturismo na região fronteiriça do Brasil. Este estudo objetivou o mapeamento e caracterização das paisagens cênicas da região sob as perspectivas geológica e geomorfológica. A metodologia empregada neste estudo da paisagem e geodiversidade combinou revisão bibliográfica especializada com a análise integrada de dados cartográficos (IBGE, CPRM) e o processamento avançado de imagens de sensores remotos. Ressalta-se a elaboração de um Modelo Digital de Elevação (MDE) de alta resolução, derivado da técnica de Interferometria do Radar de Abertura Sintética (InSAR), que possibilitou o mapeamento detalhado de formações geomorfológicas selecionadas. Os trabalhos de campo complementares, com registro fotográfico e descrição morfológica in situ, validaram e enriqueceram a interpretação dos dados espaciais, fornecendo subsídios robustos para a análise da geodiversidade da área investigada. Os resultados desta pesquisa apontaram para a identificação e caracterização detalhada de áreas com alto potencial geoturístico no norte de Roraima. O mapeamento preciso, possibilitado pelo MDE-InSAR, permitiu a delimitação de áreas com concentração de feições geomorfológicas de interesse, como as serras tabulares e as cachoeiras inventariadas. A análise integrada dos dados geológicos e geomorfológicos, aliada às descrições in situ, forneceram subsídios para a elaboração de roteiros geoturísticos informativos e atrativos. Espera-se que o estudo contribua para o planejamento sustentável do geoturismo na região fronteiriça, fomentando a conservação da geodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, valorizando o patrimônio natural singular do extremo norte da Amazônia brasileira.

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