Artigo Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia

ANAIS de Evento

ISSN: 2175-8875

A SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E O MINHA CASA MINHA VIDA EM UMA CIDADE MÉDIA PARAENSE: UM OLHAR SOBRE A RELAÇÃO DE CLASSE E RAÇA EM CASTANHAL

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Publicado em 28 de novembro de 2025

Resumo

O presente estudo possui como objetivo analisar como a variável racial se insere nas dinâmicas de segregação socioespacial do Minha Casa Minha Vida, situado em uma cidade média Paraense. Para tal, delineou-se como procedimentos metodológicos: a revisão bibliográfica; e a pesquisa documental, sendo essa última baseada na coleta e análise dos dados do SIDRA (IBGE) referentes aos rendimentos mensais de diferentes grupos raciais. Como resultados e discussões parciais, posto que se trata de um estudo em andamento, pôde-se identificar que a racialidade se coloca como critério classificador e distribuir dos agentes em dados segmentos da classe trabalhadora e, com isso, torna-se presente nas áreas segregadas do Minha Casa Minha Vida. Uma vez que essas áreas, possuindo uma lógica de segmentação de diferentes tipos de moradias de acordo com diferentes rendimentos mensais, segregam agentes pertencentes a classe trabalhadora, receptores de dado rendimento mensal, como meio de reproduzir desigualdades e manter o controle dessa classe social, composta por sujeitos não-brancos, na orbita dos interesses do Estado e o Capital. Por fim, como conclusão também parcial, pontua-se que através do estabelecimento das relações de raça e classe se possibilita compreender outras dimensões dos processos segregadores em cidades médias da Amazônia paraense, como no caso de Castanhal, lócus da presente discussão.

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